Bolsonaro participa de evento do ICMBio no Santuário do Cristo Redentor
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro assinaram, nesta segunda-feira (4), os termos de um protocolo de intenções e de um acordo de convivência. O evento contou com as presenças do presidente Jair Bolsonaro, do governador Cláudio Castro, do prefeito Eduardo Paes e de ministros de Estado.
O objetivo é definir normas para o ordenamento público do acesso ao Corcovado, ao Santuário do Cristo Redentor e para a gestão do Parque Nacional da Tijuca.
Com prazo de 10 anos, o protocolo será executado por meio da elaboração de projetos formalizados e definidos tanto pela Mitra quanto pelo ICMBio.
O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, agradeceu o diálogo aberto que permitiu a assinatura do documento.
“Agradeço por todas as providências. No últimos seis meses, com o diálogo entre nossa assessoria jurídica e o Ministério do Meio Ambiente. É muito bom chegar ao denominador deste trabalho e dessa missão”, afirmou o cardeal.
Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse que a assinatura do protocolo de intenções é uma “solução definitiva” para a gestão do santuário do Cristo Redentor dentro do Parque Nacional da Tijuca.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a assinatura do documento é de grande simbolismo.
“Um protocolo de grande simbolismo para nós, católicos de todo o Brasil. Um governo que acredita em Deus e defende a família. A fé que nos elegeu, nos salvou no passado. Sem a fé, como resistiríamos com tantas adversidades, com grande parte da imprensa contra nós”, afirmou o presidente.
‘Clima de paz’
O acesso ao Santuário do Cristo Redentor foi motivo de brigas entre a Arquidiocese do Rio e o ICMBio em 2021. A entidade religiosa abriu uma ocorrência contra o instituto por hostilidades ao Padre Omar Raposo. Ele iria celebrar um batizado no local, mas sua comitiva foi impedida de subir sob a alegação de que “não estava autorizada”. O Santuário emitiu uma nota de repúdio.
Segundo Padre Omar, as instituições estão em clima de paz.
“Tivemos vários ruídos entre a instância Arquidiocesana e o governo federal. A gente conseguiu trazer um acordo”
Em termos turísticos, Omar afirmou que a ideia é não fechar mais a capela do Cristo Redentor, e que grupos pré-agendados poderão fazer celebrações religiosas após o horário de visitação (de 8h às 18h):
“A ideia agora é não fechar mais a capela do Cristo, a capela vai ficar aberta 24 horas. A gente vai ter sempre vigílias, de forma que esse lugar possa estabelecer uma conexão espiritual com a cidade do Rio de Janeiro.”
O presidente do ICMBio, Marcos de Castro Simanovic, explicou o que o órgão pretende com o protocolo de intenções assinado nesta segunda-feira:
“O uso compartilhado desse espaço, tanto pelo ICMBio, que faz a conservação, quanto pela Igreja. O nosso protocolo visa justamente inserir esse espaço nesse circuito de turismo”, afirmou Simanovic.
O Cristo Redentor foi inaugurado no dia de Nossa Senhora de Aparecida, em outubro 1931. O Parque Nacional da Tijuca foi criado 30 anos depois. O Cristo completou 90 anos em 2021.
A comemoração foi marcada também pela promessa do prefeito Eduardo Paes em reconhecer o terreno onde fica o monumento como sendo da Mitra durante a missa do aniversário do Cristo Redentor na Catedral Metropolitana.
O Parque Nacional da Tijuca recebe cerca de 3 milhões de visitantes em áreas do antigo Maciço da Tijuca: Paineiras, Corcovado, Tijuca, Gávea Pequena, Trapicheiro, Andaraí, Três Rios e Covanca, e no Santuário do Cristo Redentor.
G1*