02/12/2024
Política

Mudança nas sobras eleitorais ameaça fazer ‘efeito cascata’ nas assembleias

Interrompido por André Mendonça, que pediu vista no plenário virtual, o julgamento das ações que questionam a distribuição das sobras eleitorais e modifica a composição de deputados da Câmara ameaça causar um efeito cascata nas assembleias de todo o país, informa o Blog de Lauro Jardim, de O Globo.

Antes de André Mendonça interromper o julgamento, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes votaram a favor da revisão da distribuição das sobras eleitorais para vagas na Câmara, com efeito retroativo para a eleição de 2022. Ricardo Lewandowski, que se aposentou, já havia defendido a mudança, mas com validade para as próximas eleições.

Os votos de Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes acenderam um sinal de alerta para presidentes de partidos, preocupados com o efeito cascata que a decisão terá nas assembleias legislativas.

A mudança vai interferir, por exemplo, no comando das casas de alguns estados que tiveram eleições acirradas. Essas, poderão sofrer novas eleições internas.

Na Câmara, a mudança vai tirar deputados de cinco partidos: PL (cai de 99 para 92), União Brasil (cai de 41 para 39), MDB (cai de 42 para 39), Republicanos (cai de 41 para 39) e PSC (cai de seis para cinco).

Já outros dez partidos ganham deputados: a federação PT/PV/PCdoB, que sobe de 80 para 83; PSDB/Cidadania, que aumenta de 18 para 21, além do PSB (de 14 para 16). Também Rede/PSol, que passa de 14 para 15, Solidariedade, que sobe de 4 para 5, Patriota (de 4 para 5) e Podemos (de 12 para 15).

Outros quatro partidos mantêm o mesmo número de deputados eleitos: PDT (17), Avante (7), PROS (3) PSD (42).

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