Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes e mais quatro são condenados por esquema na Saúde do RJ
Sérgio Cabral (MDB), ex-governador do Rio, e seu ex-secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, foram condenados, nesta quarta-feira (29), na Operação Fatura Exposta. A ação foi um desdobramento da Lava Jato que revelou esquema de corrupção na Saúde.
É a 13ª condenação de Cabral na Lava Jato. A pena já chega a 281 anos, 10 meses e 13 dias de prisão.
O esquema teria desviado R$ 300 milhões entre 2006 e 2017. De acordo com as investigações, quando era diretor do Into, Sérgio Côrtes teria favorecido a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, nas licitações do órgão. Gustavo Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.
Além deles, foram condenados:
- Luiz Carlos Bezerra (operador de Cabral)
- Cesar Romero Vianna (ex-subsecretário de Saúde)
- Miguel Iskin (empresário da Saúde)
- Gustavo Estellita (empresário da Saúde)
A operação também denunciou desvios na Secretaria de Estado de Saúde, com o pagamento de propina para a organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral. O esquema também envolveria pregões internacionais, com cobrança de propina de 10% nos contratos, nacionais e internacionais.
Desse percentual, segundo a investigação, 5% caberia a Cabral, 2% a Sérgio Côrtes, 1% para o delator Cesar Romero, 1% para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e 1% para sustentar o esquema. Ainda segundo a investigação, Iskin pagava uma mesada de R$ 450 mil para a organização criminosa do ex-governador.
G1*