Fundador da Liga da Justiça, Jerominho volta a ser preso no Rio - Tribuna NF

Fundador da Liga da Justiça, Jerominho volta a ser preso no Rio

O ex-vereador Jerominho foi preso na tarde desta quinta-feira (27) por agentes da Polinter. Segundo policiais, trata-se do cumprimento de um mandado de prisão por uma nova condenação dele, de um crime cometido em 2005: extorsão majorada pelo emprego de arma de fogo. A pena por prisão tem prazo de 16 anos.

Segundo a polícia, as investigações demonstraram que Jerominho seria o líder da milícia denominada “Liga da Justiça”, e que o grupo criminoso extorquiu motoristas de vans na região de Campo Grande, para que pagassem os valores determinados pelo ex-vereador. Ele foi condenado de maneira definitiva esse ano. O miliciano será encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária.

Jerominho é ex-vereador e ficou mais de uma década preso ao lado do ex-deputado e irmão, Natalino Guimarães. Ambos são apontados como criadores da milícia Liga da Justiça, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Ele foi solto em 2018 , após ser absolvido pelo último processo que respondia na época, em que era acusado de tentar matar um motorista de van em junho de 2005.

No final de 2020, a Polícia Federal fez uma operação que teve a família Jerominho como alvo. A investigação descobriu que a família queria ocupar postos no Executivo e no Legislativo para retomar o poder na Zona Oeste.

Nomeação de filha e retorno à política

O RJ2 mostrou nesta semana que uma das filhas de Jerominho foi nomeada em um cargo de confiança no governo de Cláudio Castro. Hellen Patricia Guinâncio Guimarães foi escolhida como assistente na Secretaria de Agricultura, Pesca, Pecuária e Abastecimento.

Após a revelação, o governo decidiu despublicar a nomeação. A reportagem questionou de quem partiu a indicação e quem resolveu nomeá-la, mas não houve resposta.

Hellen é filha, sobrinha, irmã e ex-mulher de milicianos condenados. Seu irmão Luciano Guimarães e seu ex-marido André Malvar continuam presos até hoje, apontados como assassinos do grupo de extermínio.

No dia seguinte à publicação no Diário Oficial que tornou “sem efeito” a nomeação de sua filha, Jerominho foi às redes sociais e criticou o recuo de Cláudio Castro.

“É injusto tarem minha filha porque ela é filha do Jerominho. O Rio de Janeiro vai aceitar esse tipo de injustiça, governador? Precisamos de lider e o senhor é líder. O senhor conhece minha história, lembro bem do senhor trabalhando como assessor na Câmara de Vereadores e o senhor se lembra de mim. Em alguns momentos, eu lutei a favor de indignidades que seriam coetidas contra o senhor”.

Também no vídeo, Jerominho chegou a anunciar seu retorno à política.

“Eu sou um homem da Zona Oeste, sou um brasileiro, sou um patriota. Tenho capacidade de lutar pela minha Zona Oeste, eu tenho capacidade de discutir os projetos de interesse pelo Rio de Janeiro. Estou filiado ao partido do Patriota e vou colocar meu nome à disposição do Patriota numa pré-candidatura a deputado federal”, afirmou.

G1*

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