Coordenador da Lava Jato no RJ é eleito para chefiar recém-criado Gaeco do MPF no estado - Tribuna NF

Coordenador da Lava Jato no RJ é eleito para chefiar recém-criado Gaeco do MPF no estado

O procurador da República Eduardo El Hage, atual coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio, foi eleito nesta sexta-feira (12) para chefiar o recém-criado Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal no estado.

O Gaeco vai absorver todo o acervo da força-tarefa, de cerca de 2 mil processos, entre denúncias, quebras de sigilo, apreensões e outros procedimentos.

Por 50 votos a 6, El Hage venceu o procurador Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF no Rio.

Benones é o responsável pela investigação sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça, da Polícia Federal , que apontou movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro na Alerj.

A atual força-tarefa da Lava Jato no Rio é composta por 13 procuradores. Oito deles com dedicação exclusiva, e outros cinco que acumulam o trabalho na FT com os seus gabinetes de origem.

As investigações da força-tarefa levaram à prisão de dezenas de políticos, empresários e doleiros, entre eles os ex-governadores Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Moreira Franco, além do ex-presidente Michel Temer.

Já o Gaeco terá 6 procuradores com dedicação exclusiva. Os procuradores da República interessados em ocupar as cinco vagas restantes no grupo devem se inscrever, e serão escolhidos por El Hage.

A lista dos indicados por El Hage será submetida ao colégio dos 90 procuradores da República no Estado do Rio. Para que um dos nomes escolhidos pelo coordenador seja vetado, é necessária a maioria absoluta dos procuradores.

Depois, a lista será encaminhada ao procurador-geral da República, Augusto Aras. Caberá a ele nomear os membros do grupo. Os membros do Gaeco terão mandato de dois anos, prorrogáveis por igual período.

Ao contrário da força-tarefa, o Gaeco não se dedicará exclusivamente aos desdobramentos da Lava Jato. Outras investigações complexas poderão contar com o apoio do grupo.

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