Câmara apoia Wladimir e também vai à Justiça contra Águas do Paraíba
Prefeito de Campos e vereadores vão recorrer contra aumento de 18,10% na conta de água
O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, ganhou o apoio da Câmara de Vereadores para tentar barrar na Justiça o reajuste de 18,10% na tarifa de água e esgoto concedido, na semana passada, a Águas do Paraíba pelo desembargador Adriano Celso Guimarães, da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na sessão desta terça-feira (18), o presidente da Câmara, Fábio Ribeiro, adiantou que, assim como a Prefeitura, o Poder Legislativo também vai recorrer junto ao TJ.
“Entende que o prefeito se posicionou contrário ao reajuste, e a Câmara Municipal também vai recorrer dessa decisão do TJ” afirmou o presidente do parlamento campista. Durante a sessão, os 25 vereadores votaram de forma favorável ao relatório da Comissão de Serviços Concedidos reprovando a prestação de contas da Águas do Paraíba.
Na sessão, o presidente da Comissão, Silvinho Martins (MDB) chegou a acusar a concessionária de roubo. “A empresa Águas do Paraíba está roubando a população”. Líder do Governo, Álvaro Oliveira (PSD) lembrou que Wladimir foi o único prefeito de Campos a negar uma solicitação de reajuste no serviço de água e esgoto feito pela Águas do Paraíba.
“Somos todos contra a Águas do Paraíba. É importante lembrar que a única pessoa que nesses anos teve a coragem de vetar um aumento a Águas do Paraíba foi o prefeito Wladimir” destacou Álvaro.
Em dezembro de 2021, o prefeito Wladimir Garotinho, havia negado a Águas do Paraíba o reajuste por conta dos prejuízos causados a população pela pandemia de Covid-19. Na época, a decisão dele também seguiu uma recomendação da Câmara de Vereadores.
Em junho deste ano, o juiz Leonardo Cajueiro D’Azevedo, da 3ª Vara Cível de Campos, indeferiu o pedido liminar de reajuste de 18,10% da tarifa de água em Campos, feito pela concessionária Águas do Paraíba. “Diante do que consta nos autos, ausente se encontra, por ora, o fumus boni iuris (Elementos que capacitem a elucidação) necessário para a concessão da medida pleiteada, razão pela qual a indefiro”, sentenciou o juiz.
No final de 2021, a Câmara Municipal reprovou por unanimidade a prestação de contas da empresa, o que fez com que a Prefeitura Municipal não aprovasse o reajuste.