Witzel diz que presos no caso Marielle podem fazer delação premiada - Tribuna NF

Witzel diz que presos no caso Marielle podem fazer delação premiada

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Rio – O governador Wilson Witzel disse nesta terça-feira que os presos acusados de envolvimento na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes podem realizar delação premiada. “A Lava Jato demonstra que investigações têm que ser fragmentadas para que resultados apareçam e outros crimes sejam investigados. Esses presos podem participar de delações premiadas”, disse.

O governador disse que a morte da parlamentar é inaceitável, como qualquer outra, mas ressaltou que ela exercia atividade parlamentar.

“A Polícia gostaria de ter elucidado o caso no prazo que o processo penal determina de 30 dias. Mas, infelizmente a Polícia Civil do Rio foi sucateada por décadas com deficiência de homens e material. Apesar das dificuldades, delegados como Giniton, fazem a diferença”, disse.

O delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital Giniton Lages disse que a prisão do sargento da PM reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz concluiu a primeira fase da investigação da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes que completa um ano na quinta-feira. O delegado, o secretário da Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e o governador Wilson Witzel participaram de entrevista coletiva de imprensa no Palácio Guanabara para apresentar elementos da investigação como imagens coletadas, dificuldades do processo e o passo a passo dos criminosos.

Giniton ressaltou a complexidade do caso por falta de testemunhas. Os três que estiveram no local do crime, esquina da Rua Joaquim Palhares com João Paulo I, não viram os criminosos que não deixaram o carro.

“Os autores do crime permaneceram por duas horas dentro do veículo enquanto esperavam Marielle sair da Casa das Pretas. Isso não é simples, chamou a atenção de cara. Durante a execução eles também não desceram do veículo. A dinâmica demonstrava que o crime foge à regra”, disse. O delegado lembrou que 80% dos crimes elucidados no Brasil contam com o apoio de testemunhas, o que não aconteceu neste caso. ” Há uma sofisticação. os disparos alojados em veículos em movimento mostram que o atirador é diferenciado”, defendeu.

O delegado defendeu o sigilo de investigações e criticou a ação de repórteres que publicaram informações obtidas através de policiais: “Não entenderam importância do sigilo”. “Perdemos quando um jornalista disse que a arma era uma MP5”, ilustrou. O delegado Giniton Lages agradeceu ao secretário da Polícia Civil e ao governador Wilson Witzel por terem mantido a estrutura da investigação do caso, que conta com 47 policiais exclusivos.

Fonte: O Dia

Alerj

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