Witzel busca apoio e é aconselhado a se reaproximar de Flavio Bolsonaro - Tribuna NF

Witzel busca apoio e é aconselhado a se reaproximar de Flavio Bolsonaro

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se posiciona cada vez mais no tabuleiro político de olho em uma vaga para as eleições de 2022. Nas últimas semanas, acenou com espaço no governo estadual para o PP e o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do ex-prefeito Eduardo Paes.

O objetivo é compor com as siglas tradicionais da política em busca de apoio para pavimentar o seu sonho: a candidatura presidencial em 2022.

Mas o sonho do governador esbarra numa realidade, admitida, inclusive, por seus aliados nos bastidores: só há espaço para um candidato no campo da direita, pelo menos no cenário atual.

Ou seja, se o presidente Jair Bolsonaro for candidato à reeleição, como já disse que quer, Witzel avalia que este campo da direita ficaria “congestionado”.

Desde que falou ao programa “Em foco”, na GloboNews, que não deve sua eleição ao presidente, e que quer disputar uma vaga à Presidência, Witzel entrou na mira do senador Flavio Bolsonaro, presidente do PSL no Rio.

Sob comando de Flavio, o PSL anunciou que deixaria a base de apoio do governador – mas, depois, recuou.

Jair Bolsonaro e Witzel chegaram a conversar por telefone, segundo aliados do governador. O presidente quis deixar claro que não tinha nada a ver com a movimentação do filho, apelidado por ele de “01”.

Na última sexta-feira (27), o PSL divulgou mais uma vez que será independente do governo estadual.

O Palácio Guanabara pediu uma “tradução” sobre a posição do partido: queria saber o tamanho da anunciada independência da bancada do PSL, que conta com 12 deputados na Alerj, e os reflexos nas votações de interesse do governo.

Ouviu que a bancada votaria “caso a caso” com o governador, mas que o Palácio sabia com quem podia contar na bancada, o que tranquilizou o grupo de Witzel, que entende ter maioria para assuntos prioritários na Assembleia.

Mas o recado mais importante veio posteriormente: o governador foi aconselhado por integrantes do PSL a buscar uma reaproximação com Flavio Bolsonaro. “Um carinho”, disse um aliado do governador ao blog.

“Precisam resolver as questões pessoais”, disse esse interlocutor.

As “questões pessoais” foram lidas assim pelo governo: além de espaço para o PSL, o grupo de Flavio Bolsonaro quer uma espécie de carta de intenção de que Witzel não deseja a eleição de 2022.

Como a segunda parte não ocorrerá, pelo menos por enquanto, mais fácil seria resolver na “velha política”, na avaliação de aliados do governador.

Até porque, como costuma brincar Rodrigo Maia, um dos alvos da cobiça do arco de alianças de Witzel: “Até a próxima eleição, tem 100 anos”.

Fonte: Blog da Andrea Sadi, G1

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