Polícia Civil faz operação para cumprir mandados de busca e apreensão nas casas de agentes suspeitos de pesquisar dados de juiz e parentes
A Corregedoria-Geral de Polícia Civil faz operação para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas casas de três agentes da corporação, suspeitos de pesquisar nos bancos de dados reservados o atual juiz auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) Bruno Monteiro Rulière e seus parentes. Segundo a polícia, as consultas injustificadas foram realizadas no Portal da Segurança do estado, em 2021 e 2023. Na época, os agentes estavam lotados na Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco/IE), 128ª DP (Rio das Ostras) e Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC).
Além da Corregedoria-Geral, a ação, batizada de Operação Pretorian, conta com o apoio da Subsecretaria de Inteligência (SSinte) da Secretaria de Estado da Polícia Civil. Foram apreendidos notebooks e celulares dos agentes que são alvos das equipes.
As investigações comprovaram que o magistrado foi alvo de buscas irregulares quando atuava na 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado. Além do juiz, os acusados pesquisaram a mulher dele, seus sogros e o cunhado. As datas do levantamento feito pelos agentes foram: 11 de novembro de 2021, e 27 de fevereiro e 24 de outubro do ano passado. Atualmente, os policiais investigados estão em delegacias do interior e da Baixada Fluminense.
O monitoramento ilegal na base de dados do Portal de Segurança configura uma violação funcional gravíssima, de acordo com a Polícia Civil. A Corregedoria apura a suposta existência de uma rede clandestina de espionagem de autoridades do poder judiciário do Rio, que seria composta por policiais civis para a produção de dossiês ilegais sobre juízes e familiares.
Fonte: O Globo