Justiça livra sete réus de megaoperação da Lava-Jato que mirou o doleiro Dario Messer

O TRF-2 (RJ e ES) decidiu nesta quarta-feira autorizar o trancamento do processo ligado à Operação Câmbio, Desligo, de 2018, especificamente para sete réus. O maior alvo da ação policial, um braço da Lava-Jato à época, foi Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”. Os investigadores identificaram as digitais dele num esquema de transações bilionárias ilegais de câmbio em 52 países, investigado na ocasião.

As decisões que encerraram o caso para parte dos réus foram proferidas pela 1ª Turma Especializada da Corte, a partir da anulação de provas utilizadas pelo MPF para denunciá-los. Ficam livres desse caso, portanto: Paulo Albernaz Cordeiro; Patrícia e Ernesto Matalon (que são primos); Alexander Monteiro Henrice; Bruno Farina; Henrique Chueke e Ella Skinazi.

A promotoria sustentava que todos teriam participação, em grau maior ou menor, na suposta rede de doleiros que trabalharia para uma série de organizações criminosas, incluindo a de Sérgio Cabral.

No ano passado, em agosto, o mesmo colegiado do TRF-2, também de maneira unânime, já havia retirado da ação o doleiro Richard Van Otterloo. A defesa dele alegou que seus delatores, os também doleiros Juca Bala (apelido de Vinícius Claret Vieira) e Tony (Cláudio Fernando de Souza) não conseguiram comprovar as acusações repassadas à força-tarefa da Lava-Jato.

O MPF denunciou 62 pessoas na Câmbio, Desligo, cinco anos atrás. Entre elas, seguem implicados Cabral e Messer — o segundo firmou um acordo de delação em 2020, com multa de R$ 1 bi e pena de 18 anos e 9 meses de prisão.

Fonte: Blog do Lauro Jardim, O Globo.