Witzel e Paes disputam o segundo turno para o governo do RJ - Tribuna NF

Witzel e Paes disputam o segundo turno para o governo do RJ

O segundo turno das eleições para o governo do Rio de Janeiro será disputado entre os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM). Segundo a Justiça Eleitoral, com 96% dos votos apurados neste domingo (7), Witzel tinha 41,25% dos votos e Paes 19,51%. Ninguém mais poderia alcançá-los.

Perfis

O candidato conseguiu uma virada surpreendente, já que até sábado as pesquisas indicavam que Romário, do Podemos, iria para o segundo turno. O Ibope indicava Paes com 32%, Romário, 20%, Indio e Witzel, 12%. Já o Datafolha indicava Paes com 27%; Romário e Witzel com 17%.

Na coletiva após a vitória, Witzel citou o “alinhamento de ideias” ao falar sobre propostas do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). “Tenho certeza que vamos consolidar essa vitória no fim do segundo turno”, afirmou.

Wilson Witzel tem 50 anos. Nasceu em Jundiaí, São Paulo. É doutorando em ciência política, mestre em processo civil e professor universitário. Witzel é casado e pai de quatro filhos. Já foi fuzileiro naval, defensor público e também juiz federal por 17 anos.

Eduardo Paes é carioca e tem 48 anos. Foi vereador, deputado federal e prefeito do Rio por dois mandatos, de 2009 a 2017. Ao deixar a Prefeitura do Rio, foi consultor no BID e vice-presidente da América Latina da china BYD, fabricante de veículos elétricos. Candidatou-se ao governo pela segunda vez.

Witzel começou a corrida eleitoral com apenas 1% na primeira pesquisa Datafolha, de 22 de agosto. Já Eduardo Paes (DEM) começou liderando a campanha em empate técnico, com dois pontos percentuais de diferença (18% x 16%) para Romário — a margem de erro era de 3%.

Ao longo da campanha, Romário oscilou para baixo e, na briga pelo segundo lugar, chegou a registrar um empate técnico com Garotinho. O candidato do PRP, no entanto, teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-governador foi obrigado a interromper os atos de campanha.

Com a oscilação de Romário e o indeferimento de Garotinho, Witzel, Indio (PSD) e Tarcísio Motta (PSOL) intensificaram a disputa pela terceira via. O candidato do PSC deu os sinais mais fortes de que poderia surpreender apenas no sábado (6), na pesquisa Datafolha que o apontou empatado com Romário em segundo lugar, com 17%, contra 27 de Paes.

Durante a campanha, Paes tentou descolar a imagem de figuras do MDB, partido pelo qual se elegeu prefeito duas vezes. Já Witzel deixava claro seu apoio ao candidato líder nas pesquisas para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Propostas

Durante a campanha, Witzel propôs acabar com a secretaria de Segurança e criar um gabinete integrado entre as polícias civil e militar e o governador. O ex-juiz federal criticou a intervenção federal por acreditar que as forças armadas devem patrulhar as fronteiras, não as cidades. Ele diz que, se eleito, vai autorizar a “abater” qualquer pessoa portando um fuzil.

Witzel também prometeu, em seu primeiro dia de governo, renegociar a dívida do estado, inclusive propondo o pagamento das dívidas em 100 anos.

Já Paes prometeu criar o Cegonha Fluminense, inspirado no Cegonha Carioca. Ele também afirmou que vai melhorar o atendimento do Rio Imagem, abrindo unidades no interior, e levar clínicas da família para todo o estado.

O ex-prefeito do Rio também defendeu a permanência das Forças Armadas no Rio, mas sob o comando do governador. De acordo com ele, a primeira medida será procurar o presidente da República para negociar a atuação do Exército.

G1*

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