06/12/2024
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UFRJ recomenda lockdown no Grande Rio, diante da taxa de contaminação do coronavírus

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recomenda que pelo menos a Região Metropolitana do Rio entre em lockdown, com base na taxa de contaminação do coronavírus.

Uma nota técnica divulgada nesta segunda-feira (24) traz os resultados da segunda semana de janeiro. De acordo com os dados disponíveis, o Covidímetro aponta uma taxa de transmissão (R) de 2,6 para a cidade do Rio.

Esse número indica que dois cariocas transmitem o vírus para outros cinco. A UFRJ considera que o lockdown é necessário quando o R fica acima de 2.

Ainda segundo o Covidímetro da UFRJ, somente o Noroeste Fluminense estava com R abaixo de 2 na segunda semana do ano. O boletim da semana anterior não apontava nenhuma cidade ou região com R acima de 2.

A nota estima ainda um aumento de casos por mais 15 dias, chegando a 3,2 milhões de novos registros.

Explosão de casos

O painel da Covid do RJ anotou, desde o dia 3 de janeiro, 257 mil novos casos conhecidos em todo o estado. Neste domingo (23), a média móvel de casos estava em quase 24 mil, a maior desde o início da pandemia, com um aumento de 458% em relação a duas semanas atrás.

A nota da UFRJ pontua que “a avaliação tempestiva de eventual mudança de nível de risco da pandemia está sendo prejudicada devido ao apagão de dados que ocorre no sistema de informação do Ministério da Saúde”.

Depois que sofreu um suposto ataque em 10 de dezembro, a base de dados do Ministério da Saúde ficou instável por um mês, sobretudo para contabilizar novos registros da Covid.

O g1 procurou as secretarias de Saúde do município e do estado para comentar a nota da UFRJ.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou, em nota, estar acompanhando o comportamento da nova variante ômicron, referente aos números de casos, internações e óbitos, assim como a evolução da vacinação da população com a dose de reforço.

“Qualquer alteração no mapa de risco, nas medidas restritivas, ou na necessidade de abertura de novos leitos, por exemplo, passam pela análise criteriosa dos dados epidemiológicos, e novas medidas e estratégias poderão ser adotadas conforme necessidade”, disse.

Até a última atualização desta reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde ainda não havia respondido.

G1*

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