SFI: ossos de escravos voltam a aparecer na Praia de Manguinhos - Tribuna NF

SFI: ossos de escravos voltam a aparecer na Praia de Manguinhos

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Ossos humanos atribuídos a restos mortais de escravos voltaram a aparecer, nessa terça-feira (26), na Praia de Manguinhos, no município de São Francisco de Itabapoana. O local é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como um importante sítio arqueológico.

Há décadas, desde os anos 70, ossadas humanas são encontradas na Praia de Manguinhos. No ano de 1997, o IPHAN  reconheceu o local como  sendo um antigo Cemitério de Escravos. Nos registros do órgão consta o nome do sítio arqueológico como “Cemitério de Manguinhos”.

A última localização de ossos no local havia ocorrido em 2003. De lá pra cá, a história viva na memória dos moradores do local, estava “enterrada” na areia da praia. Eis que na manhã desta terça-feira, após as fortes ondas da madrugada, vários ossos se desenterraram.

Ponto de desembarque clandestino de escravos

A Localidade, também conhecida como “porto de Manguinhos”, foi um importante local de desembarque clandestino de africanos, mesmo após 1850, com a Lei Euzébio de Queiroz, que proibiu o tráfico de escravos.

Além dos traficantes de escravos de São João da Barra, vila à qual pertencia a Praia de Manguinhos, a região também era utilizada para desembarque de africanos por traficantes de Quissamã, Carapebus e Macaé.

Transportados nos porões dos navios negreiros, muitos escravos não aguantavam a longa travessia do Oceano Atlântico, e já chegavam sem vida. Os corpos eram enterrados na área de restinga.

Com a erosão marítima e a força das ressacas, muitas dessas ossadas de tempos em tempos aparecem, despertando o interesse e a curiosidade para um “mergulho” na rica história da Região.

Vale lembrar que, ao lado da Praia de Manguinhos, está a Comunidade Quilombola de Barrinha, um quilombo reconhecido pelo Ministério da Cultura. O município tem o reconhecimento por sediar outro quilombo, o Quilombo de Deserto Feliz, próximo ao limite com Campos, na Zona Rural do município.

Veja mais fotos feitas por moradores:

Com informações VNotícia.

Alerj

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