Presidente e vice do Ceperj pedem exoneração dos seus cargos ao governador do RJ
O presidente da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj), o delegado Marcelo Cardoso Domingues, e seu vice-presidente, Luiz Carlos Neves pediram exoneração de seus cargos ao governador do RJ, Cláudio Castro.
Em sua exoneração, Marcelo Domingues alegou motivos de “foro íntimo” para deixar o cargo.
Os pedidos foram feitos na quinta-feira (10) e passam a contar a partir da próxima segunda-feira (21).
Domingues assumiu a presidência do Ceperj em agosto. Antes, ele trabalhava na Secretaria Estadual de Governo, na coordenação de Assuntos Estratégicos dos programas Lei Seca, Segurança Presente e RJ para Todos.
O governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), nomeou o vice-presidente do Ceperj, Luiz Carlos das Neves em outubro passado. Luiz Carlos substituiu Marcelo Coimbra denunciado pelo Ministério Público estadual por corrupção passiva.
Entenda o esquema
Em 25 de novembro do ano passado, Marcello autorizou o pagamento de R$ 15 milhões ao Instituto Fair Play, responsável por executar o Esporte Presente. O valor foi pago em duas parcelas de R$ 7,5 milhões.
Quase R$ 5 milhões desse valor foram repassados para duas empresas: a Ricardo Pires Produção de Eventos e a Ricardo Pires de Oliveira. O sócio dessas duas empresas é Ricardo Pires de Oliveira — que era um dos associados do Instituto Fair Play.
Ao todo, foram feitos 19 pagamentos do Instituto Fair Play para as empresas de Ricardo pelo fornecimento de materiais esportivos e pela produção de eventos ligados ao projeto.
Marcello comprou a Mercedes-Benz dias após um dos pagamentos a empresa. O carro custou R$ 162 mil, com desconto. O veículo é blindado e possui teto solar. Quem pagou por esse carro foi a empresa de Ricardo.
Para o Ministério Público, “considerando que Ricardo Pires de Oliveira é o único sócio e administrador da Ricardo Pires Produção de Eventos, evidencia-se o seu consentimento com a destinação do valor de R$ 162 mil para a compra de um veículo de luxo por Marcello Coimbra Costa”, caracterizando o pagamento de propina em favor dele.
G1*