08/10/2024
Campos

Equipe do Gabinete de Crise das Chuvas informa que o desastre está estabilizado

Representando o prefeito Wladimir Garotinho, que cumpre agenda no Rio de Janeiro, junto ao Governo do Estado, o vice-prefeito Frederico Paes reuniu, nesta terça-feira (20), o Gabinete de Crise das Chuvas, uma equipe técnica composta de representantes de órgãos municipais e estaduais que estão atuando em conjunto para apresentar soluções ao danos verificados em Campos nesta segunda (19), quando, em menos de 12 horas, o município chegou a registrar, em pontos da área urbana, um acumulado de 200 mm, volume de precipitação superior ao verificado em sete meses (de abril a outubro deste ano), período em que choveu cerca de 130 mm. Entre os principais assuntos, o vice-prefeito informou sobre a situação da avenida XV de Novembro, onde um trecho da pista afundou e fez desabar parte do dique de contenção do Rio Paraíba do Sul. Frederico, que inspecionou o trecho interditado esta manhã, informou que técnicos de diferentes órgãos envolvidos no grupo conjunto de trabalho apontaram para não existência de risco iminente de novo desabamento.

Em coletiva de imprensa na sede da Prefeitura, o vice-prefeito detalhou os assuntos discutidos na reunião do Gabinete de Crise e as ações já efetuadas.

“De forma emergencial, a Defesa Civil interditou o local na XV de Novembro ontem e, hoje, junto com equipes de outras secretarias da Prefeitura, como Secretaria de Obras e Infraestrutura e Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), e com o apoio das equipes do Estado, como do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), começamos a buscar soluções. O desastre está estabilizado. Mas há previsão de mais chuvas e de muita água para vir da montante do Paraíba, e precisamos aproveitar que o nível do rio ainda está baixo para dar a solução emergencial para aquela situação. Ainda vamos detectar o que causou o acidente, mas precisamos agir emergencialmente, para depois fazer as obras definitivas”, destacou Frederico, lembrando que um estudo da Uenf mostra não haver nenhum tipo de comprometimento do dique registrado.

O vice-prefeito, ainda, destacou ações preventivas que vêm sendo executadas em parcerias, como a limpeza de valas e canais de drenagem de águas pluviais, envolvendo a Defesa Civil, a Secretária de Agricultura, Pecuária e Pesca, a Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan) e Inea.

“Não queremos minimizar os problemas, mas é preciso destacar que não se tem registro de uma chuva dessa em Campos, ontem tivemos uma chuva dentro da área urbana sem precedentes. Vários pontos da cidade foram alagados, mas foi um volume imenso de água que escoou em três, quatro horas. E isso graças a um trabalho de limpeza de 150 quilômetros de canais que vem sendo realizada há seis meses, em parceria. Muito não sabem, mas cerca de 90% da água de chuva da área urbana é drenada pelos canais da Baixada Campista para o mar e não para o Paraíba. Então, esse trabalho também tem surtido efeito em casos de chuvas fortes e volumosas”, contou o vice-prefeito.

A informação foi confirmada pelo superintendente regional do Inea, Leonardo Barreto, que lembrou que Campos tem 1.500 quilômetros de canais, formando uma das maiores malhas hídricas do mundo. Leonardo também esclareceu que o município está em contato direto com o governo estadual, que já encaminhou, para Campos, técnicos do próprio Inea, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) e da Secretaria de Estado das Cidades, incluindo geólogos. Os técnicos vão acompanhar a situação na avenida XV de Novembro e, conforme o superintendente, “o dique do Paraíba não tem problema identificado e o dano foi pontual”.

O secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto, reforçou que equipes atuaram em diversos pontos de Campos na segunda-feira, uma situação atípica de grande volume e intensidade de chuvas para o período. Na área urbana, a média do acumulado foi de 140 mm, em pouco mais de seis horas, o equivalente a 30 dias de chuvas.

Pascouto pediu a colaboração da população e falou de problemas de lixo obstruindo valas, bueiros e galerias. Nesta terça, somente na região do Mercado Municipal, na limpeza de bueiros, foram recolhidos dois caminhões de lixo urbano, como garrafas peti, latas de refrigerantes e cervejas.

O reabastecimento pela concessionária Águas do Paraíba também foi esclarecido. Conforme o diretor, Juscelino Azevedo, foi perdido cerca de 200 metros da adutora na XV de Novembro, onde parte da pista e do dique desabaram. Emergencialmente, a empresa está fazendo o tamponamento de registrados e, ainda, nesta terça-feira, o abastecimento será retomado parcialmente. Peças da tubulação devem chegar a Campos amanhã para serem recolocados no local e o problema deverá ser resolvido dentro de cinco dias.

FORÇA-TAREFA – O vice-prefeito Frederico Paes informou, ainda, que uma força-tarefa envolvendo técnicos do município e do governo do Estado vão estudar medidas para recomposição emergencial do dique, com soluções de engenharia que garantam a estabilidade do trecho que desabou e sua reconstrução até que, em condições climáticas favoráveis, uma obra definitiva possa ser realizada.

Frederico Paes promoveu a reunião do Gabinete de Crise de Chuvas junto com o secretário de Defesa Civil; a primeira-dama Tassiana Oliveira; o secretário de Planejamento Urbano, Cláudio Valadares; o o diretor da Águas do Paraíba, Juscelino Rocha; o superintendente do Inea; o gerente de Relacionamentos com Comunidades do Porto do Açu, Wanderson de Souza, e o presidente da Câmara Municipal, Fábio Ribeiro, promoveu a reunião do Gabinete de Crise das Chuvas. Representantes de várias secretarias municipais participaram da reunião no auditório da Prefeitura.

Secom*

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