Despachante é preso em Campos acusado de fraudar documentos no ES - Tribuna NF

Despachante é preso em Campos acusado de fraudar documentos no ES

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Central), em conjunto com o Núcleo de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (NUINT/SRPRF-ES), com apoio da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (Assessoria Militar ao MPES – Núcleo de Inteligência), do Detran-ES e da Receita Federal do Brasil, deflagrou hoje (01/08) a operação “Replicante” que apura a existência de organização criminosa destinada à prática de fraudes em registros de veículos no Estado do Espírito Santo, mediante inserção de dados e documentos falsos no DETRAN-ES.

Um homem que não teve a identidade divulgada foi preso no centro de Campos, suspeito de participar da quadrilha.

A operação tem por objetivo o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, em 6 municípios do Estado do Espírito Santo e em municípios no Estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, e 11 mandados de prisão temporária expedidos pelo Juízo 3.ª Vara Criminal de Vila Velha, com a participação de 42 agentes da Polícia Rodoviária Federal, 23 policiais militares da Assessoria Militar ao MPES – Núcleo de Inteligência e 3 Promotores de Justiça.

As investigações revelaram provas de fraudes no registro de veículos em nome de inúmeras pessoas (mais de 400 proprietários “laranjas”), com utilização de notas fiscais falsas contendo números de chassis correspondentes a veículos exportados ou comercializados ao Exército Brasileiro. Estão sob investigação cerca de 895 registros de veículos no DETRAN-ES, com valor estimado de fraude superior a R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais).

O comércio ilícito de documentos de registro de veículos tem finalidades múltiplas, dentre elas a de conferir aparente legalidade a veículos que sejam produto de outros crimes (“esquentar veículos roubados/furtados”), prática de estelionatos contra seguradoras, mediante a comunicação falsa de crime para recebimento do prêmio (“golpe do seguro”), realização de financiamentos de veículos inexistentes (“golpe do financiamento”), realização de alteração de característica de veículo (“inserção irregular de eixos”), dentre outras possibilidades de utilização do documento.

Entre os envolvidos, são investigados despachantes, servidores do Detran-ES e demandantes (pessoas que utilizam nome de terceiros e documentos falsos destinados à realização das fraudes).

A apuração dos fatos tramita sob sigilo e seguirá com a análise dos documentos apreendidos, oitiva de testemunhas e dos investigados, análise de mídias e de dispositivos móveis.

Fonte: MPES

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