Condenado por chefiar milícia, Jerominho vai anunciar pré-candidatura à prefeitura do Rio - Tribuna NF

Condenado por chefiar milícia, Jerominho vai anunciar pré-candidatura à prefeitura do Rio

RIO — Acusado de comandar a maior milícia do Rio, o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho , pretende se lançar candidato a prefeito da capital fluminense nas eleições municipais do ano que vem. A informação foi revelada no último domingo pelo jornal “O Dia” e confirmada pelo GLOBO.

Jerominho pretende anunciar na próxima quarta-feira candidatura pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), segundo a sua filha, a ex-vereadora Carminha Jerominho, que também quer voltar para a política. Após permanecer dez anos e dez meses preso, o ex-vereador deixou o Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, em outubro do ano passado.

Jerominho foi solto após ser absolvido no último processo a que respondia, no qual era acusado de ser o mandante da morte de um motorista de van, em 2005, no bairro de Campo Grande. Ele possuía duas condenações, que somavam 19 anos e 10 meses de prisão. Após ser beneficiado com três indultos presidenciais, porém, sua pena foi reduzida para dez anos, 4 meses e 13 dias em regime fechado.

Chefe de milícia

No período em que ficou preso, Jerominho chegou ser transferido para um presídio de segurança máxima. Ele foi apontado pela CPI das Milícias, ao lado do irmão, o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, como responsável por chefiar uma milícia na Zona Oeste, a maior da cidade. De acordo com a denúncia do Ministério Publico, a quadrilha atuaria em Campo Grande, Guaratiba, Paciência, Cosmos, Santa Cruz e outros bairros da região e usava o símbolo do Batman para marcar as casas e estabelecimentos comerciais que pagavam por seus “serviços”. Ambos negam as acusações.

A família Jerominho tem forte influência na Zona Oeste, região com maior colégio eleitoral da cidade. Carminha pretende disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. Em 2008, durante a campanha eleitoral, chegou a ficar detida na prisão federal de segurança máxima em Catanduvas, no Paraná, acusada de usar a força para coagir eleitores. Acabou eleita com mais de 20 mil votos no pleito pelo PTdoB, mas seu diploma foi cassado seis meses após a posse pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por arrecadação e gastos ilícitos de recursos. No início de 2012, porém, o TRE decidiu devolver seu diploma por falta de provas.

Quem pode ser candidato a prefeito em 2020

Marcelo Crivella (PRB)

O atual prefeito ganhou fôlego ao escapar do impeachment. Com baixa popularidade, tentará a reeleição e busca atrair novos aliados.

Eduardo Paes (DEM)

É considerado um nome forte para a disputa, mas não deve decidir antes do ano que vem se vai concorrer.

Marcelo Freixo (PSOL)

Derrotado em 2016, é nome certo na disputa. Freixo se articula para liderar uma frente de esquerda.

Rodrigo Amorim (PSL)

Deputado mais votado para a Alerj, Amorim quer atrair o apoio do governador Wilson Witzel (PSC). Outro nome forte na sigla é o do deputado Hélio Lopes, que contaria com o apoio de Jair Bolsonaro.

Gustavo Bebbiano

Demitido da Secretaria-Geral da Presidência,afirmou que pretende concorrer.

Mariana Ribas (PSDB)

A ex-secretária de Cultura tem o aval do governador de São Paulo, João Doria.

Paulo Messina (PRTB)

Ex-chefe da Casa Civil na gestão Crivella, o vereador deixou o PRB, partido do prefeito, e anunciou a intenção de concorrer.

Fonte: O Globo

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