Filho de Brazão lidera apoio ao pai após nova delação no caso Marielle - Blog do Ralfe Reis

Filho de Brazão lidera apoio ao pai após nova delação no caso Marielle

Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, é representado no Judiciário pelo advogado Márcio Palma, mas, nas redes sociais, sua defesa é liderada pelo próprio filho, Kaio Brazão.

Desde que foi revelado o novo acordo de delação premiada no caso Marielle Franco, Kaio, de 22 anos, tem sido o porta-voz informal da família na tentativa de blindar o pai da suspeita de que teria mandado Ronnie Lessa matar a vereadora, em março de 2018.

Enquanto Brazão pai concede entrevistas negando envolvimento no crime, Brazão filho está reunindo dezenas de publicações nas redes sociais para fazer reverberar esse discurso. Em muitas delas, amigos de Kaio e apoiadores do clã chamam Domingos de “grande líder”. O jovem compartilhada cada uma dessas mensagens em suas redes sociais, por meio das quais fará campanha para se eleger vereeador em outubro próximo. Ele é pré-candidato com o apoio do pai e do tio, Chiquinho Brazão.

“Brazão é um líder respeitado e admirado (…) É crucial que a Justiça não o trate como um mero troféu, mas sim esclareça este caso, do qual temos plena convicção da sua inocência”, diz um dos textos reverberados por Kaio. Outro afirma: “Estão tentando fazer de tudo para prejudicar o nome da família, pois ele (Domingos) é um homem íntegro, que sempre trabalhou em prol do povo fluminense (…)”.

Waguinho, prefeito de Belford Roxo (RJ), está entre as figuras mais destacadas nos posts pró-Brazão na internet. Kaio deu publicidade à posição do aliado: “A delação ou as delações cruzadas de criminosos presos não são suficientes para provar ou punir qualquer cidadão”, escreveu Waguinho.

Suspeito de conexão com o caso Marielle desde 2018, Domingos Brazão é o único dos investigados com foro privilegiado atualmente. E a delação de Lessa à PF, por sua vez, foi enviada ao STJ para homologação por conter menção a uma autoridade que só pode ser julgada nesse tribunal superior.

Fonte: Blog do Lauro Jardim, O Globo.

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