Disputa de vaga para o TCE racha base de Castro na Alerj e pode levar Washington Reis para a oposição - Blog do Ralfe Reis

Disputa de vaga para o TCE racha base de Castro na Alerj e pode levar Washington Reis para a oposição

Não será tranquila a indicação pela Alerj do substituto do conselheiro Aloysio Neves, do TCE, que deixa o cargo no próximo dia 25, pela compulsória aos 75 anos, informa Ricardo Bruno, do site Agenda do Poder.

O governador Cláudio Castro trabalha para eleger o deputado Márcio Pacheco (PSC). Mas há um problema: o deputado Rosenverg Reis (MDB), cuja família tem forte influência na política fluminense, não abre mão da vaga.

– Não há menor chance de eu sair da disputa. Sou candidatíssimo – garantiu o parlamentar à Agenda do Poder.

Após a vacância, abre-se oficialmente o processo interno de escolha do novo conselheiro. Os nomes devem ser sabatinados pela Comissão de Normas Internas da Casa e, se aprovados, vão à votação em plenário, em dia a ser definido de modo discricionário pelo presidente do parlamento, André Ceciliano.

Além de Rosenverg e Pacheco, o deputado Val do Ceasa também almeja o cargo. Nos corredores da Alerj, a avaliação é de que ele não conseguirá ter o nome aprovado na comissão. Se ultrapassar este obstáculo é um forte concorrente entre os seus pares.

A disputa final deve ser mesmo entre Pacheco e Rosenverg. E não há no horizonte perspectiva de acordo. Em que pese a ótima relação entre o prefeito Washington Reis e o governador Cláudio Castro, não houve avanço na construção de consenso. A família Reis se prepara para o confronto e já obteve alguns apoios estratégicos: do prefeito Waguinho, do deputado Márcio Canela, da família Brazão e da família Garotinho. A persistir o cisma, Washington ameaça romper politicamente com o governador.

Na outra ponta, Marcio Pacheco tem a seu lado a força quase sempre preponderante da máquina do Palácio Guanabara. Dificilmente um candidato ungido pelo governador é derrotado em disputas deste tipo.

Pacheco alega também que a primeira vaga seria dele, por acordo firmado em 2018 nas eleições à direção da Mesa.

– Lá atrás fizemos um acordo. Eu não disputei a presidência da Casa com o compromisso de ocupar a primeira vaga para o TCE – relembra.

Rosenverg não reconhece o entendimento e diz que vai até o fim.

– Não tem volta.

Segundo uma fonte que presenciou a negociação, o acordo para indicação de Pacheco foi firmado antes do envolvimento do nome do parlamentar nas chamadas rachadinhas de gabinete. Ao surgir a denúncia, o entendimento teria sido rompido. Mas como nada ficou provado e tudo mostra que as notícias sobre as supostas irregularidades eram improcedentes, Pacheco, reabilitado politicamente, cobra o cumprimento do acordo.

– O acordo acabou lá trás. Ele sabe por que – retruca Rosenverg.

-A verdade não é essa – replica Márcio.

Agenda do Poder*

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