Vacinação no Rio será feita em clínicas da família e seguirá plano nacional, diz Paes - Tribuna NF

Vacinação no Rio será feita em clínicas da família e seguirá plano nacional, diz Paes

O prefeito do Rio Eduardo Paes e governador em exercício do Rio de Janeiro Cláudio Castro se reuniram neste domingo (3) para discutirem combate à Covid-19 e apresentarem um plano de vacinação conjunta. Segundo Paes, Ministério da Saúde anunciará na segunda-feira (4) as datas da vacinação.

“Vamos seguir o plano nacional de imunização. Amanhã o ministro Pazuello vai anunciar as datas do Plano Nacional. O que ele anunciar vai ser o que a cidade, o estado e todos os lugares do Brasil vão fazer”, afirmou Paes.

Segundo o chefe do Executivo carioca, no Rio a vacinação será feita nas Clínicas da Família.

Cláudio Castro anunciou a compra de oito milhões de seringas em dezembro, e que mais oito milhões serão compradas em janeiro.

“Se a vacinação começasse na quarta-feira, já estaríamos 100% preparados”, disse o governador em exercício.

Ele acredita que a pandemia entrou nos últimos momentos.

“Agora com a vacina, se Deus quiser, a gente está entrando na fase final da pandemia e nós precisamos de um pouquinho mais de esforço: higiene, máscara, evitar aglomeração. Está acabando a Covid-19. A vacina, a gente crê que vai dar certo e essa pandemia vai embora. Sem a conscientização, ficamos enxugando gelo”,

No final do ano passado, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, previu que a vacinação começaria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, mas isso depende de algum imunizante obter o aval da Agência Nacional de Vigilânia Sanitária (Anvisa), o que ainda não aconteceu.

Expectativa ainda para janeiro

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou acreditar que a vacinação pode começar ainda em janeiro.

Ele disse que a Prefeitura do Rio vai criar 450 postos de vacinação , principalmente com a ajuda de clínicas da família.

Soranz apresentou números que mostram que, até o final de 2020, o município teve 163 mil casos notificados de COVID-19, com 13 mil óbitos confirmados.

O município teve registrado, ainda, a maior taxa bruta de mortalidade: 203,8 a cada 100 mil habitantes.

“Foram 9.650 óbitos na cidade do Rio de Janeiro em maio de 2020. Mesmo que haja alguma discussão sobre o nível de classificação, é um número muito alto”.

O secretário explicou que vão ser oferecidos 450 mil testes para detecção da Covid-19 no primeiro trimestre, com previsão de 1,5 mil testes por dia.

Segundo Soranz, a previsão é de que 2,6 milhões de pessoas sejam vacinadas nas primeiras quatro fases do plano de imunização.

Já o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, afirmou que 5,4 milhões de pessoas serão vacinadas em todo o Estado do Rio no mesmo período.

“O mundo todo está seguindo as mesmas recomendações de grupos prioritários, com as pessoas com mais risco de adoecer e vir a óbito primeiro , e depois para todos os outros grupos”, explicou Soranz.

Fases de vacinação

Primeira fase:

  • Trabalhadores de saúde;
  • Pessoas de 75 anos ou mais;
  • População indígena e quilombola;
  • Pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência.

Segunda fase:

  • Idosos de 70 a 74 anos;
  • Pessoas de 65 a 69 anos;
  • Pessoas de 60 a 64 anos.

Terceira fase:

  • Pessoas com comorbidades.

Quarta fase:

  • Professores e profissionais das forças de segurança e salvamento;
  • Funcionários do sistema prisional e outros trabalhadores de serviços essenciais.

150 leitos

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio abriu, neste domingo (3), chamamento público para disponibilização de leitos de UTI e de enfermaria clínica para pessoas com suspeita ou confirmação de Covid-19.

Das 150 vagas, 50 são para UTI.

A prefeitura vai pagar R$ 2,4 mil por leito de UTI por dia e R$ 2.250 por a cada cinco dias por leito de enfermaria.

343 vagas abertas

Na sexta-feira (1), a prefeitura anunciou a abertura de 343 leitos para Covid-19 nas redes públicas e privadas da cidade. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que serão 193 leitos reabertos na rede pública, sendo 60 deles imediatamente.

A cidade do Rio tem mais de 2 mil leitos fechados, segundo mostrou o censo hospitalar divulgado pela prefeitura neste sábado (2). Apenas no Hospital do Andaraí, são 200 leitos sem funcionar.

Os dados foram liberados um dia após a posse do novo prefeito, Eduardo Paes (DEM). O censo dos hospitais é uma espécie de monitor eletrônico com informações atualizadas sobre todos os leitos da rede pública de saúde do Rio.

G1*

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