23/03/2025
Polícia

Um dos homens apontados como sucessor de Zinho no comando da milícia é morto na Zona Oeste do Rio

Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, um dos homens apontados como sucessor do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi morto na comunidade Três Pontes, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (29).

Atualmente, Pit era um dos responsáveis pelas finanças do grupo. Ele chegou a ser preso pela Polícia Civil em maio de 2019, mas foi solto em setembro deste ano.

A disputa pelo controle da milícia na região já era esperada, já que Zinho não deixou um sucessor quando se entregou à polícia neste domingo (24). Zinho está preso em Bangu 1.

Testemunhas disseram que uma criança e um idoso também foram atingidos pelos disparos. O Corpo de Bombeiros esteve no local, mas informou que não encontrou nenhum ferido.

Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e vai investigar o caso.

Seis possíveis sucessores

Investigações mostram que há, pelo menos, outros seis nomes que vão continuar comandando os negócios da quadrilha de Zinho.

Entre os nomes que vão manter o controle em favor de Zinho, três milicianos foram presos pela polícia nos últimos quatro anos, mas ficaram pouco tempo na prisão.

Um deles, considerado um dos mais violentos do grupo, saiu da cadeia há dois meses.

Jairo Batista Freire, conhecido como Caveira, foi solto por um habeas corpus em outubro desse ano. Ele havia sido preso pela Polícia Civil em janeiro de 2022.

De acordo com investigações, Jairo seria uma espécie de “braço” operacional armado do grupo.

Outros dois nomes que constam da lista de sucessores são os de Paulo Roberto Carvalho Martins, o PL, que também é responsável pelas finanças do grupo, como era Pit.

Outro que retomou o controle de áreas após sair da prisão foi Peterson Luiz de Almeida, o Pet. Ele atua em Sepetiba.

O caso dele foi diferente dos três que foram soltos por decisões judiciais. Quando Pet deixou a cadeia, em outubro passado, havia um mandado de prisão em aberto contra ele.

A prisão dele, que era temporária, tinha sido convertida em preventiva e ele não poderia ser libertado. O caso foi revelado pelo RJ2.

Por um ruído de comunicação entre a Justiça e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a informação sobre o mandado não foi atualizada no sistema e Pet deixou a unidade de Benfica, na Zona Norte do Rio, sem ser incomodado.

Pet já teve mais um pedido de prisão decretado, por outra investigação. Dessa vez, sobre a cobrança de taxas ilegais em obras na Zona Oeste do Rio.

12 Mandados de prisão

Zinho tinha 12 mandados de prisão em aberto. O miliciano continua preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, mas foi transferido de cela.

O miliciano estava numa galeria com outros acusados de serem milicianos, como Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, um dos seus rivais, preso em novembro. Taillon, segundo investigadores, é chefe da quadrilha que explora a região de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio.

Zinho agora está em uma área considerada “neutra” de organizações criminosas no interior dos presídios.

Fonte: G1

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