Suspeito de matar analista do TCE-RJ é considerado foragido pela polícia
A Justiça do Rio emitiu, no domingo (21), um mandado de prisão temporária contra o suspeito de matar a analista do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), Karen Mancini, de 39 anos. Clodoaldo Queiroz de Oliveira, 41, era companheiro da vítima, e está foragido. No dia do crime, no último sábado (20), ele chegou a prestar depoimento na delegacia, mas foi liberado por falta de provas.
Para ajudar nas investigações, também foi expedido uma ordem de busca e apreensão em endereços ligados ao suspeito.
Na ocasião, Karen foi encontrada morta dentro de casa na Estrada Homem de Gouveia, em Lumiar, Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi “traumatismo craniano encefálico em consequência de ação contundente”.
Nas redes sociais, a irmã da vítima, Caroline Mancini, relatou que a analista já havia sofrido violência doméstica anteriormente, tendo uma medida protetiva contra o suspeito, no entanto, ela não soube informar se foi retirada, já que os dois estavam juntos novamente.
Caroline, que mora no Espírito Santo, relatou ainda que foi comunicada da morte da irmã na tarde de sábado (20) e que ao conversar com policiais militares que estiveram no local desconfiou imediatamente de Clodoaldo, já que Karen foi encontrada com muitos hematomas e com o rosto machucado.
“Eu alertei que a Karen já vinha sofrendo violência doméstica há um tempo e que ela tinha uma medida protetiva contra o ele, mas que eu não sabia se já havia expirado. A PM me disse que em diligências no local recebeu informações de vizinhos que as brigas eram constantes e que inclusive no dia do crime eles tinham brigado”, contou a irmã.
A irmã veio para o Rio assim que soube do caso. “Quando conduziram o Clodonado para a Deam de Nova Friburgo para que fosse ouvido, eu estava na estrada a caminho do Rio, e entrei em contato com a polícia por telefone diversas vezes e informei sobre minhas suspeitas e, inclusive enviei fotos, vídeos e áudio que comprovaram que a Karen era vítima de violência doméstica. No entanto, infelizmente a autoridade policial entendeu que não havia provas para um flagrante, mesmo após analisar todas as evidências, e o liberou ainda naquela noite do dia 20”, lamentou.
Durante seu relato, Caroline também explicou que o suspeito é conhecido pelo nome de Gustavo e pede ajuda para encontrá-lo.
“No dia 21, o médico legista que periciou o corpo da Karen constatou que ela faleceu por traumatismo craniano encefálico por objeto contundente e que, portanto, teria sido vítima de homicídio. Mas quando essa constatação foi feita, o suspeito já havia sido liberado e fugiu”, contou.
A irmã disse ainda que permaneceu na delegacia até que o mandado de prisão temporária fosse expedido. “No final do dia, por volta das 18h, foi expedido o mandado, mas já era tarde e não conseguimos encontrá-lo. Quem tiver alguma informação que possa nos levar ao paradeiro dele, por favor nos ajude!”, pediu.
O sepultamento de Karen será nesta segunda-feira (21), às 16h, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O velório terá início às 14h, na capela Premium.
*Com informações de O Dia