Saúde do RJ apura 17 casos suspeitos de coronavírus; polícia investiga fake news - Tribuna NF

Saúde do RJ apura 17 casos suspeitos de coronavírus; polícia investiga fake news

O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, informou na tarde desta sexta-feira (28) que a suspeita de coronavírus foi descartada em dois turistas franceses que foram internados em Paraty, na Costa Verde.

Segundo o secretário, 17 casos ainda estão sob suspeita no estado – 19 informados pelo Ministério da Saúde menos as duas suspeitas envolvendo os franceses.

O secretário também anunciou que, nos próximos “30 ou 40 dias”, será inaugurado um hospital com 75 leitos, que será dedicado exclusivamente a pacientes infectados. Ele não revelou a localização da unidade de saúde.

À noite, o governador Wilson Witzel reforçou o anúncio dizendo que a unidade de saúde terá o atendimento voltado para pessoas infectadas.

“Todo o planejamento está sendo feito como recomenda a OMS [Organização Mundial da Saúde] e o Ministério da Saúde”, afirmou o governador.

Casos suspeitos no estado:

  • Rio de Janeiro – 8 (6 moradores e 2 estrangeiros)
  • Niterói – 3
  • Maricá – 1
  • Macaé – 1
  • Nova Friburgo – 1
  • Resende – 1
  • Nova Iguaçu 1 (estrangeiro)
  • Além desses, há uma notificação em Niterói, mas o local da residência ainda está sendo investigado.

Franceses

O secretário Edmar Santos afirmou que os franceses em Paraty estão com o vírus influenza, e não com coronavírus. Mais cedo, a Justiça do Rio de Janeiro determinou internação compulsória do casal de turistas.

A Guarda Municipal da cidade teve que ser chamada, segundo a prefeitura, porque eles queriam deixar a unidade de saúde onde estavam internados.

Sobre isso, Santos disse que o casal procurou a Saúde municipal de Paraty espontaneamente, e depois os estrangeiros “quiseram assinar [a saída] à revelia”.

“Então, a Justiça determinou que eles ficassem internados até que saísse um diagnóstico”, explicou. Segundo o secretário, o procedimento está previsto na legislação.

O secretário também garantiu que não há evidências de casos de coronavírus circulando no estado.

“Não temos nenhum caso confirmado de coronavírus no Rio de Janeiro. Mais do que isso, não há nenhuma evidência de que o coronavírus esteja circulando no nosso meio. Nenhum caso confirmado e no Brasil não há circulação sustentada do vírus”, disse o secretário.

Fake news investigadas

Na abertura da entrevista coletiva na tarde desta sexta, o secretário da Casa Civil, André Moura, alertou para a importância da população se informar com cautela sobre o vírus.

“Estamos vivendo uma onda de verdadeiras fake news sobre o coronavírus”, alertou.

O delegado do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Delmir Gouvêa, que também participou da entrevista, afirmou que notícias falsas difundidas pela internet sobre o coronavírus estão sendo investigados pela Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI).

“Infelizmente nesses momentos de crise, há pessoas que se aproveitam para difundir notícias falsas. Esse fato é tipificado. A DRCI está atuando para responsabilizar quem são as pessoas que estão difundindo isso. A Polícia Civil está atuando, realizando pesquisas em redes abertas”, afirmou.
Contenção e hospital

O secretário de Saúde disse ainda que o Rio está na fase de contenção – evitar que o vírus passe a circular no estado. Segundo ele, desde o início do ano o estado tem se preparado para lidar com a enfermidade.

“Estamos investindo no treinamento de profissionais e de gestores locais. Na próxima semana serão convidados diretores de hospitais, funcionários…”

Santos explicou que são considerados casos suspeitos: pessoas que estiverem na zona de contágio e que tenha febre e sintomas respiratórios, ou que tiveram contato com alguém infectado e que apresente esses sintomas.

O secretário também anunciou que será inaugurado um hospital com 75 leitos, que terá como prioridade o atendimento de casos graves. Ainda de acordo com ele, outros 20 leitos poderão ser disponibilizados em uma outra unidade de saúde já existente.

“Que o vírus vai chegar, a minha impressão como médico e pesquisador, é que chega. O nosso trabalho é adiar a chegada da epidemia. Impedir a chegada do vírus, não dá. Impedir que ele circule, também não. Mas no momento não há circulação do vírus.”

G1*

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