Registros de estelionato batem máxima histórica no Rio; Campos entre as áreas com mais casos
A prisão de uma mulher que se apresentou como funcionária da Farmácia Popular para colher dados bancários e foto de um idoso, nesta quinta-feira, em Cosmos, na Zona Oeste do Rio, está longe de ser um caso isolado de golpe. Entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 121.588 estelionatos no estado — o equivalente a um caso a cada quatro minutos, em média. O número é o maior da série histórica e superou em 24% a quantidade de ocorrências nos mesmos dez meses do ano passado. Desde que a contagem do índice começou, em 2003, os casos aumentaram 13 vezes: naquele ano, foram 8.917 ocorrências do crime; apenas em outubro de 2024, houve 11.701 registros.
Como todos os índices de criminalidade no Rio, a distribuição dos estelionatos é desigual. Dependendo da área da delegacia — chamada Circunscrição Integrada de Segurança Pública, ou Cisp — a variação é significativa. São Sebastião do Alto (Cisp 155), no interior do estado, teve apenas nove registros de estelionato nos dez primeiros meses deste ano. Na outra ponta, Campo Grande (Cisp 35) contabilizou 5.746 casos do crime no mesmo período.
As dez áreas com mais ocorrências de estelionato este ano
- Cisp 35 (Campo Grande) – 5.746 casos
- Cisp 32 (Taquara) – 4.542 casos
- Cisp 16 (Barra da Tijuca) – 4.075 casos
- Cisp 64 (São João de Meriti) – 3.066 casos
- Cisp 42 (Recreio dos Bandeirantes) – 2.983 casos
- Cisp 34 (Bangu) – 2.574 casos
- Cisp 123 (Macaé) – 2.492 casos
- Cisp 134 (Campos) – 2.391 casos
- Cisp 93 (Volta Redonda) – 2.249 casos
- Cisp 54 (Belford Roxo) – 2.102 casos
Formulário falso
Flavia Alessandra de Sousa Pessoa, como foi identificada, foi presa em flagrante nesta quarta-feira. O caso está sendo investigado pela 35ª DP (Campo Grande). O caso aconteceu na Rua Ivatuva, no bairro de Cosmos. Segundo a Polícia Civil, no momento da abordagem, Flavia Alessandra apresentava o formulário falso, com carimbo do governo federal, e duas caixas de medicamento. Os formulários da Farmácia Popular (programa do governo) também eram carimbados, para induzir os idosos a tirarem a foto com um documento de identidade. Assim, ela conseguiria fazer empréstimos no nome das vítimas.
Segundo a Polícia Civil, no momento da abordagem, Flavia Alessandra apresentava o formulário falso, com carimbo do Governo Federal, e duas caixas de medicamento. Os formulários da Farmácia Popular (programa do governo) também eram carimbados, para induzir os idosos a tirarem a foto com um documento de identidade. Assim, ela conseguiria fazer empréstimos no nome das vítimas.
Fonte: Jornal Extra