08/11/2024
Polícia

Polícia prende no Rio dono de postos de gasolina suspeito de lavar dinheiro da milícia de Zinho

A Polícia Civil do RJ prendeu nesta quinta-feira (1º), na Operação Contaminação, um homem apontado como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro da maior milícia do estado, chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho.

A TV Globo apurou que Cleber Oliveira da Silva, o Clebinho, foi preso em casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, por agentes da Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro. Ele já havia sido detido em 2017 e está com a milícia desde quando o grupo paramilitar era chamado Liga da Justiça.

Na casa de Clebinho, policiais apreenderam dois fuzis, munição e joias.

Um ex-PM, expulso da corporação, também foi preso em flagrante. Um mototaxista que estaria seguindo os policiais e alertando milicianos foi conduzido à Cidade da Polícia.

Segundo a especializada, Clebinho é dono de postos de gasolina e lojas de conveniência usados para dar aparente legalidade ao dinheiro obtido com taxas de segurança, agiotagem, extorsões, comércio ilegal de combustíveis, tráfico de armas e exploração do transporte alternativo e de máquinas caça-níqueis.

Equipes também saíram para cumprir 42 mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro e em Minas Gerais — Armação dos Búzios e Juiz de Fora eram dois deles. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens e arresto de valores até R$ 93 milhões, além da quebra de sigilos fiscal e bancário.

Entre os endereços visados estão postos de gasolina e lojas de conveniência.

Segundo as investigações, os comparsas de Zinho que adquiriram esses estabelecimentos possuíam um patrimônio incompatível com seus rendimentos.

A apuração teve início a partir do encaminhamento de dados de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), dando conta de movimentações financeiras suspeitas — como entradas de recursos em espécie depositados em contas de suas empresas, de forma fracionada.

Fonte: G1

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