04/11/2024
Polícia

Polícia prende grupo que aplicava ‘golpe do 14º salário’ a beneficiários e pensionistas do INSS, no RJ

Foto: arquivo

A polícia prendeu, na quarta-feira (24), um grupo de golpistas que enganava beneficiários do INSS. Eles faziam empréstimos em nome das vítimas. O golpe está sendo chamado de 14º salário.

Vinte pessoas foram presas em um escritório em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e autuadas por associação para o crime e estelionato.

Segundo a polícia, com a listagem dos pensionistas e beneficiários, o grupo ligava para as vítimas e perguntava se elas tinham recebido uma espécie de carta que daria direito a um 14º salário para compensar o não recebimento do auxílio emergencial.

O delegado Maurício Mendonça, da 38ª DP (Brás de Pina), que liderou a investigação, disse que os golpistas visitavam as vítimas em casa e as induziam a assinar documentos, que na verdade eram contratos de empréstimo.

E o dinheiro era direcionado para ser investido nas contas da quadrilha. As investigações que levaram à prisão do grupo partiram de uma queixa registrada na 38ª DP, de uma vítima que perdeu R$ 30 mil.

“Eles se aproveitavam da pandemia para ofertar e dizer às vítimas que elas tinham direito a um 14º salário por não terem recebido o auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo Federal. Para isso, as vítimas precisavam preencher um formulário para ser enviado ao governo para a liberação do dinheiro. Mas na verdade era um empréstimo que elas estavam contraindo sem ciência. Ou seja, eram iludidas, acreditando que era realmente um benefício do governo”, disse o delegado.
Mendonça disse que um ofício foi enviado à Polícia Federal para que seja apurado um eventual desvio dessas informações de cadastro de beneficiários e pensionistas do INSS. O delegado descobriu com os golpistas uma lista com os dados, inclusive bancários, das vítimas.

No escritório da quadrilha, em Nilópolis, os agentes da 38ª DP encontraram diversos cadernos com instruções de como os “consultores” deveriam proceder para praticar os golpes.

“Havia inclusive informações de que o ato que eles estavam praticando era ilegal e que eles poderiam ser presos por conta disso”, disse Mendonça.

Os 20 presos ficarão à disposição da Justiça.

G1*

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