Polícia investiga secretário de Educação do RJ, Pedro Fernandes, por suspeita de recebimento de propina
A Polícia Civil investiga a participação do secretário de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, em um esquema de desvio de dinheiro na Fundação Leão XIII. No inquérito do Núcleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil, Pedro Fernandes é citado como suspeito de receber propina em contratos assinados pela fundação, quando comandava a pasta.
A reportagem foi publicada no jornal O Globo. As investigações englobam o período em que ele foi Secretário Estadual De Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social no governo Pezão. Em nota, Pedro Fernandes nega as acusações.
O nome de Pedro foi citado a partir da prisão de Marcus Vinícius Azevedo Da Silva. Ele foi preso em uma operação do Núcleo em 2019, que investigou fraudes em editais num programa da Fundação. Com ele, outros seis empresários foram presos.
Entre os serviços oferecidos, estavam cirurgias, exames de vista e doação de óculos. Os contratos somam R$ 66 milhões.
A reportagem do jornal O Globo mostra uma referência à sigla PF com a anotação de valores: “PF, como referência a Pedro Fernandes, supostamente recebendo o valor de R$ 145 mil oriundos do projeto Cidadão II, oriundo do terceiro repasse (abril maio- 2016) da Fundação Leão XIII”.
Ainda segundo o relatório, há “diversas outras referências do provável recebimento de valores pelo chefe”. Em uma das conversas no celular de Marcus Vinícius, de 28 de setembro de 2015, há uma citação de que Pedro Fernandes preferia receber dinheiro em espécie.
Em nota, Pedro Fernandes afirmou que as acusações são “absurdas e fantasiosas”, e que se coloca à disposição das autoridades para esclarecimentos.
“Estou perplexo de tomar conhecimento pela imprensa de uma suposta investigação envolvendo meu nome em acusações absurdas e fantasiosas. Não tenho conhecimento de investigação e muito menos do seu conteúdo. Já entrei em contato com meu advogado para tomar conhecimento do suposto conteúdo. Me coloco à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos, como, aliás, sempre estive. Fui secretário do estado e município por seis vezes, sem que em nenhuma delas tenha sido levantada qualquer suspeita de irregularidade nas minhas gestões”