Polícia do RJ prende 'Magneto', foragido suspeito de pertencer à 'Liga da Justiça' - Tribuna NF

Polícia do RJ prende ‘Magneto’, foragido suspeito de pertencer à ‘Liga da Justiça’

A Polícia Civil do RJ prendeu, nesta segunda-feira (10), um foragido da Justiça suspeito de pertencer à maior milícia do estado.

Ruan Carlos de Lima Camillo, o ‘Magneto’, foi preso em casa, em Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio, por agentes da Coordenadoria de Operações Especiais (Core).

Contra Magneto havia dois mandados de prisão por formação de quadrilha. A polícia afirma que Magneto é integrante da Liga da Justiça ou Bonde do CL 220, grupo paramilitar chefiado por Wellington da Silva Braga, o Ecko.

Segundo as investigações, Magneto estava estabelecendo a cobrança de extorsões na região.

Quando os agentes chegaram, Magneto tentou fugir, pulando os muros de casa, mas acabou capturado.

Os policiais ainda apreenderam uma Amarok.

História do grupo criminoso
Ecko é o chefe da maior milícia do RIo, a Liga da Justiça, o Bonde do CL 220 ou o Bonde do Ecko, que atua na Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense explorando o controle de postos de combustíveis, transporte irregular e até a extração de saibro.

O criminoso nunca foi policial e herdou o grupo criminoso do irmão, Carlinhos Três Pontes, ex-traficante e morto em 2017 em uma ação da polícia.

Inicialmente atuando nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na Zona Oeste, a Liga da Justiça chegou ao seu auge em 2007, com assassinatos e controle econômico da região.

Na época, os chefes da milícia eram Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; Toni Ângelo Souza Aguiar, o Toni Angelo; e Marcos José de Lima, o Gão, todos ex-policiais.

Com todos presos após operações em 2007 e 2008, a configuração da milícia mudou. Carlinhos Três Pontes passou a liderar o grupo. Diferente dos antecessores, ele era ex-traficante do Morro Três Pontes, em Santa Cruz, e tornou-se o chefe do grupo até ser morto.

Batman, considerado o primeiro grande chefe do grupo, cumpre pena no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na mesma época de sua prisão, também foram condenados por integrar a mesma facção criminosa o ex-vereador Jerominho Guimarães e seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães.

O grupo se expandiu, como mostrado na série Franquia do Crime, do G1, que revelou que 2 milhões de pessoas vivem em áreas sob influência de milícias no Rio de Janeiro e 11 municípios da Região Metropolitana.

G1*

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