PGR analisa depoimento de suspeito de matar Marielle para decidir se pede para MPF e PF assumirem apuração
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, analisa um depoimento dado pelo principal suspeito da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes – o assassinato dos dois completou seis meses sem conclusão sobre os responsáveis.
O ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e é apontado pela polícia como o principal suspeito do crime.
Segundo informações do jornal “O Globo”, o suspeito alega no depoimento sofrer coação para assumir o crime.
A expectativa é que, após a análise, a Procuradoria Geral da República (PGR) decida se pede ou não a federalização das investigações. Esse pedido seria feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quem cabe decidir sobre deslocamento de competência – termo técnico para mudança de jurisdição – de apurações.
O depoimento do suspeito, de teor confidencial, chegou às mãos da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e está sob análise. Se Dodge entender que há indícios de que a investigação esteja comprometida, poderá pedir para o Ministério Público Federal e a Polícia Federal assumirem a condução da apuração.
Em março, após o assassinato, Dodge começou a avaliar a necessidade da federalização. Na ocasião, a procuradora informou que acompanhava a investigação “atentamente”, mas que naquele momento não havia necessidade de federalizar as investigações.
“A nossa expectativa é que isso não seja necessário, mas é preciso acompanhar, porque temos um país em que o nível de impunidade ainda é muito elevado”, afirmou Raquel Dodge na ocasião.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, tem defendido publicamente que a Polícia Federal fique à frente das investigações.
G1*