01/09/2024
Campos

Novos mediadores analisam a primeira semana de atuação nas escolas em Campos

Ajudar a localizar a moradia, desembaralhar as letras e formar a palavra casa, pintar as partes do corpo, recortar, montar e colar. Essas são apenas algumas das atividades desenvolvidas em sala de aula pelos novos mediadores que estão atuando há uma semana em escolas da rede municipal de ensino. Eles começaram a atuar no dia 22 de agosto, após passarem por uma capacitação no Teatro Municipal Trianon, realizada pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), em parceria com o Instituto Neurodiversidade. Ao todo, foram 200 mediadores e 100 cuidadores contratados através de um processo seletivo temporário.

Fernanda Fernandes Toledo é uma das novas mediadoras. Ela está trabalhando na Escola Municipal Sagrada Família e já atuou como professora mediadora utilizando xadrez, na Academia de Xadrez de Campos. Ela conta que a primeira semana foi bastante produtiva. Para os alunos com Transtorno Desafiador Opositivo (TOD), ela aplicou, majoritariamente, técnicas de reforço positivo. Para os autistas, texturas, música, barbante, arroz, lápis coloridos, entre outros. Para os alunos com TDAH, foi feita uma integração da matéria dada em sala com atividades lúdicas desaceleradas como mímica, forca e filmes.

“Há muito trabalho a ser feito. Temos vários alunos com neurodivergências, cada um com sua especificidade e todos são um desafio e uma descoberta diária. Como sou muito brincalhona e eles amam brincar, a integração nesses primeiros dias foi ótima! Eles foram super receptivos e os autistas, no tempo e do jeitinho deles, também foram muito carinhosos”, explica Fernanda.

Raquel da Silva Oliveira Cardoso também analisou positivamente sua primeira semana como mediadora na Sagrada Família. “Fui muito bem recebida e acolhida pela direção e corpo docente da escola. Principalmente pela professora regente da turma do aluno que estou mediando e as professoras da sala de recurso. A intervenção com o aluno está sendo de forma adaptada e lúdica, de acordo com o que a professora regente trabalha com os demais alunos”, conta Raquel.

Diretora da Sagrada Família, Karla Borges, ressalta que a escola atende a 495 alunos e, desse quantitativo, 53 têm Necessidades Especiais Educacionais (NEE). “Recebemos 5 mediadores que foram alocados nas salas com alunos que apresentam mais urgência de mediação. Já percebemos que houve um grande apoio aos professores no contexto da sala de aula, visto que a mediação é de suma importância para que estes alunos se sintam totalmente incluídos na rotina escolar” ressalta Karla.

Na Escola Municipal 29 de Maio não foi diferente. A mediadora Simone Cristina Alves conta que ficou muito feliz em ter sido selecionada no processo seletivo. “Nos foi dada uma missão muito linda. Saber que irei participar do processo inclusivo desse aluno e mediar sua aprendizagem, dentro de suas necessidades me deixa muito honrada. É gratificante ver esse tratamento diferenciado que a Seduct tem dado à educação Inclusiva, se fazendo presente nesse processo e na capacitação dos mediadores”, pontua Simone.

Também mediadora no 29 de Maio, Adriana Santos falou da alegria de compartilhar ensinamentos com as crianças com Necessidades Especiais Educacionais. “Estou muito feliz em estar trabalhando com esses alunos. Agradeço pela oportunidade, tem sido muito prazerosa essa experiência. Como mediadora procuro ajudar, incentivar, intermediar e facilitar a aprendizagem”, finaliza.

Secom*

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