Norte e Noroeste batem recorde de mortes por Covid-19 pela segunda semana seguida
Com 65 mortes entre 19 de julho e o último sábado (25), a região bateu o recorde de óbitos causados pelo coronavírus pela segunda semana seguida. Em 15 dias, o crescimento de foi de 47,7%, segundo levantamento do Painel Covid-19 Norte e Noroeste Fluminense com base nos dados divulgados pelas prefeituras.
Entre os dias 05 e 11 de julho, foram registradas 44 vidas perdidas para a pandemia. O número passou para 59, entre 12 e 18 de julho, e chegou a 65 na última semana. Ao mesmo tempo, a quantidade de casos confirmados da doença saltou de 1.418 para 1.639 entre 19 e 25 de julho. O aumento foi de 15,6% no período.
Foi a primeira alta no índice semanal de novos infectados na região desde 28 de junho a 04 de julho, quando foi registrado o atual pico da doença, com 2.272 casos confirmados.
Enquanto Itaperuna e Macaé tiveram quedas no indicador de mortes, o aumento contabilizado pelo Norte e Noroeste Fluminense foi puxado, principalmente, pelo crescimento nos números de Campos e de cidades menores, com Bom Jesus do Itabapoana e Miracema.
Campos voltou a apresentar crescimento pela segunda semana em sequência e atingiu o segundo maior índice de mortes em sete dias desde o início da pandemia. Ao todo, 21 pessoas perderam suas vidas para o coronavírus no maior município do interior fluminense entre 19 e 25 de julho. Até o momento, o pico na quantidade de óbitos aconteceu entre 07 e 13 de junho, com 22 mortes.
Com 103 mil habitantes, Itaperuna passou de 11 mortes, na semana anterior, para nove, entre 19 e 25 de julho. Mesmo assim, a cidade do Noroeste Fluminense teve mais óbitos do que Macaé, com 256 mil habitantes, que registrou cinco vidas perdidas no período.
O índice de Macaé é o menor em dois meses. A última vez que a cidade teve menos mortes causadas pela Covid-19 foi na semana entre 17 e 23 de maio, com quatro registros. De acordo com o levantamento, o município teve menos óbitos na última semana do que Bom Jesus do Itabapoana, com sete; e Miracema, com seis.
Casos confirmados
Depois de duas semanas com tendência de queda, o Norte e Noroeste voltaram a ter crescimento nos números de pacientes diagnosticados com coronavírus. Ao todo, foram 1.639 pessoas infectadas na semana passada. Macaé e Campos também foram os principais responsáveis por puxar a curva da região para cima.
Em Macaé, depois de uma intensa queda de 74,4% na quantidade de novos casos nas duas semanas anteriores, passando de 1.158 para 296 registros, o município apresentou uma nova alta. Foram 516 diagnósticos positivos para a doença entre 19 e 25 de julho. É importante lembrar que a prefeitura da segunda maior cidade do Norte Fluminense tem realizado uma testagem em massa da população e a busca ativa de novos casos, o que, naturalmente, faz com que o índice seja elevado na comparação com a região.
Já em Campos, o número de pessoas infectadas pulou de 203 para 257, enquanto em Itaperuna o indicador caiu de 203 para 179 na semana passada. É a primeira queda no município do Noroeste Fluminense em três semanas.
São Fidélis, que vinha de cinco semanas seguidas com aumento de infectados a cada sete dias, passou de 96 casos confirmados, entre 12 e 18 de julho, para 87, entre os dias 19 e 25. Na cidade, continuam valendo as regras mais rígidas decretadas pela prefeitura para conter o avanço da doença, como o fechamento do comércio não essencial e o rodízio de CPFs.
Bom Jesus do Itabapoana e Porciúncula
Duas das cidades que mais têm preocupado ficam no Noroeste Fluminense. Bom Jesus do Itabapoana é referência na região para tratamento da Covid-19 no hospital São Vicente de Paulo. A unidade recebe pacientes de várias cidades vizinhas e possuía, no domingo (27), apenas três dos 22 leitos de UTI disponíveis.
Bom Jesus tem enfrentado uma segunda onda de contaminação ainda mais forte do que a primeira. Em cinco semanas, a cidade saltou de 19 novos casos confirmados, entre 14 e 20 de junho, para 45, 78, 115 e, finalmente, 144 infectados, entre os dias 12 e 18 de julho. Na última semana, houve uma redução para 110 novos registros, mas a quantidade de mortes saltou de duas para sete.
Já em Porciúncula, a prefeitura manteve o lockdown por mais sete dias, com restrições até mesmo para o funcionamento dos supermercados, que podem apenas entregar por delivery. O município na divisa com Minas Gerais registrou, entre 19 e 25 de julho, o maior número semanal de novos casos desde o início da pandemia, com 70 infectados. E o índice de óbitos passou de um, na semana anterior, para sete.
Os números completos de cada semana podem ser consultados em nosso site: http://covid19nortenoroeste.com/
Ascom*