MPF denuncia crimes de lavagem e contra o sistema financeiro do ex-presidente do Detro-RJ Rogério Onofre - Tribuna NF

MPF denuncia crimes de lavagem e contra o sistema financeiro do ex-presidente do Detro-RJ Rogério Onofre

A Força-Tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou nove pessoas pelo cometimento de crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro relacionados à organização criminosa (Orcrim) instalada no sistema de transporte público do Rio de Janeiro (RJ). Nessa etapa da Operação Ponto Final, foram denunciados o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro), Rogério Onofre, sua esposa, Dayse Deborah Alexandra Neves, Rodrigo Chedeak, além de outras seis pessoas que firmaram acordos de colaboração premiada, que permitiram a descoberta dos crimes.

Em 30 de julho, a Polícia Federal e o MPF cumpriram três mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal, um na capital e dois em Paraíba do Sul, interior fluminense. As investigações apontaram um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro com a compra de imóveis no Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, com entregas de dinheiro em espécie no Rio de Janeiro, além de ocultar recursos no exterior.

Na denúncia, o MPF aponta que Rogério Onofre e Dayse, entre 2010 e 2017, praticaram oito atos de lavagem de dinheiro por intermédio de organização criminosa, com a realização de operações de compra e venda de imóveis em nome de terceiros, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, no valor de R$ 20.561.817,00. Entre 2014 e 2016, o casal também manteve conta no exterior, em nome de uma offshore, com o montante de USD 8.341.420,86.

As investigações identificaram, ainda, que, entre julho de 2013 a agosto de 2014, em quatorze oportunidades distintas, foi entregue um valor total de R$ 1.850.000,00 pertencentes a Rogério Onofre e Dayse a Rodrigo Chedeak, estando em apuração o destino dado a esse valor.

Operação Ponto Final

A Operação Ponto Final foi, inicialmente, deflagrada em 2017 e revelou o pagamento de propinas por empresários do setor de transporte para autoridades do estado, entre elas o ex-governador Sérgio Cabral, já condenado a quase 300 anos de prisão, e Rogério Onofre, denunciado por receber R$ 43 milhões.

MPF*

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