Justiça mantém prisão da delegada Adriana Belém em audiência de custódia - Tribuna NF

Justiça mantém prisão da delegada Adriana Belém em audiência de custódia

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A delegada licenciada Adriana Belém, presa na última terça-feira (10) durante uma busca e apreensão da Operação Calígula, teve sua prisão mantida em audiência de custódia virtual, nesta quarta-feira (11). Ela será levada para o Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio.

A última decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro vai de encontro com o entendimento do juiz Bruno Monteiro Ruliere, que expediu o mandado de prisão da delegada, na última quarta-feira.

Os agentes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apreenderam quase R$ 2 milhões na casa de Adriana Belém durante a Operação Calígula.

“O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias)”, diz a decisão do juiz Bruno Monteiro Ruliere.

O juiz cita ainda que o dinheiro achado dá “credibilidade ao receio de que, em liberdade, a ré destrua ou oculte provas ou crie embaraços aos atos de instrução criminal”.

A delegada foi presa por suspeita de participar do esquema comandado pelo bicheiro Rogério Andrade e pelo policial militar reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Adriana passou a noite na sede da Corregedoria da Polícia Civil, no Centro do Rio. Às 9h18 desta quarta (11), chegou ao presídio de Benfica, na Zona Norte.

Defesa pede revogação da prisão

Ainda na noite de terça, a defesa de Adriana Belém pediu à Justiça a revogação da prisão preventiva. No pedido, os advogados afirmam que a delegada não teve a oportunidade de comprovar a origem lícita do dinheiro encontrado em sua casa.

Como exemplo, a defesa apresentou um distrato de contrato de compra e venda de um imóvel, em que Belém teria recebido 350 mil em espécie, em 2020. Os advogados também destacaram que a delegada tem 160 mil seguidores no Instagram e faz parcerias “monetizadas”.

Com G1*

Alerj

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