Glaidson Acácio é denunciado e vira réu acusado de mandar matar investidor - Tribuna NF

Glaidson Acácio é denunciado e vira réu acusado de mandar matar investidor

O Ministério Público indiciou Glaidson Acácio dos Santos, o ‘Faraó dos Bitcoins’, e mais cinco pessoas por mandar matar um homem, entre outros crimes. A Justiça aceitou as denúncias, o que torna Glaidson réu.

A tentativa de homicídio foi contra Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, em 20 de março deste ano, em Cabo Frio, Região dos Lagos.

Executores do crimes também são investigados pelo envolvimento com o homicídio do investidor em criptomoedas, Wesley Pessano, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

A investigação comandada pelo delegado Carlos Eduardo Almeida, da 126ª DP (Cabo Frio), aponta que o Nilson atuava com investimento em criptomoedas, assim como Glaidson.

A motivação, segundo a polícia, foi a notícia espalhada por Nilsinho, em janeiro de 2021, de que Glaidson seria preso pela Polícia Federal ainda este ano. Por isso, afirmam os investigadores, a vítima sugeriu que clientes de Glaidson retirassem os valores da GAS Consultoria e transferissem para a sua empresa.

De acordo com um trecho da decisão, o Ministério Público também considerou que “em razão do potencial da vítima Nilsinho para diminuir a quantidade de clientes da G.A.S, o que levaria o denunciado Glaidson a prejuízos financeiros que poderiam chegar à casa de milhões de reais, havia a suspeita inicial de que esta poderia ser a motivação da tentativa de homicídio a Nilsinho”.

Glaidson, de fato, foi preso pela PF, acusado de chefiar um esquema ilegal de investimento em criptomoedas.

De acordo com a investigação, Glaidson determinou que Thiago de Paula Reis contratasse executores do crime. Thiago era um dos homens de confiança de Glaidson e chegou a visitá-lo na cadeia.

Na época do indiciamento, os advogados de Thiago dizem que ele “nega veementemente qualquer participação nos fatos narrados” e dizem que “antes de veiculada qualquer matéria sobre o assunto, a defesa protocolou na Delegacia de Cabo Frio uma petição informando que o Sr. Thiago de Paula Reis está inteiramente à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos”.

A defesa disse ainda que “não teve acesso aos autos do inquérito policial e, portanto, não tomou conhecimento do teor das acusações, bem como não houve por parte da Autoridade Policial a tentativa de intimá-lo para esclarecer os episódios sob investigação”.

Ainda de acordo com a polícia, Rodrigo Silva Moreira, Fabio Natan do Nascimento (FB), Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gregório foram os executores do crime.

A polícia afirma que, para dificultar a investigação, os quatro usaram um veículo clonado e contaram com o apoio de um veículo regularizado para fazer os deslocamentos rodoviários.

Lucro ‘fácil’ em ‘criptomoedas’

Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos em bitcoins, mas a força-tarefa afirma que a GAS nem sequer reaplicava os aportes em criptomoedas, enganando duplamente os clientes.

A empresa de Glaidson tinha muitos investidores em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense, que se tornou um paraíso dos golpes do tipo pirâmide financeira e ganhou até o apelido de Novo Egito, como o Fantástico revelou na época.

“Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses”, informou a PF.

A GAS não tinha site nem perfis em redes sociais, e o telefone disponível na Receita Federal não funcionava.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *