13/12/2024
Política

Em discurso no STF, Lula diz que Brasil conheceu fascismo no governo Bolsonaro e prega combate a fake news e “discurso do ódio”

Em cerimônia de abertura do ano do Judiciário, na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente  Luiz Inácio Lula da Silva criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem citá-lo nominalmente, e disse que o Brasil enfrentou ameaças fascistas durante sua gestão. Também elogiou a atuação do Supremo e defendeu uma regulação democrática das big techs.

O presidente Lula afirmou que o Brasil viveu momentos trágicos sob o governo Bolsonaro, que espalhou ódio, perseguição e fake news contra as instituições democráticas e os grupos minoritários. Ele disse que o STF e os demais poderes resistiram às tentativas de golpe e de desrespeito à Constituição.

“Vocês sentiram na pele o peso do ódio que se abateu no Brasil, sofreram perseguição, ofensa, campanha de difamação e até ameaça de morte, inclusive contra parentes. Mas não estavam sozinhos, as instituições democráticas estiveram e estarão sempre ao lado de vocês. Juntos enfrentamos ameaças que conhecíamos apenas nas páginas mais trágicas da história da humanidade, o fascismo”, disse Lula.

Sem citar o nome de Bolsonaro, Lula também acusou o ex-presidente de ser responsável pela morte de centenas de milhares de brasileiros e brasileiras por espalhar suspeitas infundadas sobre vacinas durante a pandemia da covid-19. Ele defendeu a liberdade de expressão, mas disse que é preciso combater os discursos de ódio e desmantelar a criminosa máquina de fake news.

É preciso defender a liberdade de expressão, […] mas, ao mesmo tempo, combater os discursos de ódio contra adversários e grupos minoritários historicamente vítimas de preconceito e discriminação.

Lula aproveitou a ocasião para defender uma lei que regule as plataformas digitais, a inteligência artificial e as novas formas de trabalho em ambiente digital. Ele disse que é preciso construir uma regulação democrática que garanta os direitos dos trabalhadores, dos consumidores e dos cidadãos.

Com informações da Folha de S.Paulo

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