Cláudio Castro anuncia grupo de trabalho para investigar lavagem de dinheiro de milícias
O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou nesta terça-feira (24) a criação de um grupo de trabalho conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para investigar a lavagem de dinheiro das máfias que atuam no território fluminense.
O anúncio ocorreu após reunião com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, no Palácio Guanabara, dentro do processo de integração entre os governos federal e estadual para combater as organizações criminosas. Na segunda-feira, ataques em represália a morte de um miliciano em operação policial queimaram 35 ônibus e um trem.
“Hoje, tratamos a integração entre as polícias Federal e Civil na questão da lavagem de dinheiro, que é outro ponto importantíssimo para que a gente possa asfixiar financeiramente essas máfias. Semana que vem esse grupo de trabalho já deve estar instituído e começando a funcionar dando continuidade a um trabalho que já vinha sendo desenvolvido. Queremos dar um resultado perene, que funcione, que asfixie essas máfias e permita dar uma vida melhor para nosso povo”, disse o governador, após o encontro.
Antes da declaração, Capelli já tinha falado que a criação da força-tarefa para “seguir o dinheiro do crime” tinha sido sugerida por Castro.
Segundo o governador, o GT terá a participação de representantes de instituições de segurança e controle financeiro, como a Fazenda Estadual, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, entre outros.
Sobre a necessidade da intervenção federal, o governador afirmou não ver necessidade e que o momento sugere integração.
De manhã, Castro defendeu penas mais severas para o que chamou de crimes de terrorismo, como ataques a transportes. “Ou a gente endurece a legislação ou se transforma nessa mistura de México com Colômbia”, afirmou.
O governador disse que, dos 12 detidos nos ataques, 5 permaneceram presos e 1 menor foi apreendido, e 6 acabaram soltos por falta de provas. “Serão enviados para presídios federais.”
G1*