Câmara de Campos retira projeto enviado pelo prefeito e hospitais podem ficar sem medicamentos

A Câmara Municipal de Campos, agora sob a presidência do vereador Marquinho Bacellar, rejeitou a tramitação de um projeto enviado pelo poder Executivo para alteração da dotação orçamentária da Fundação Municipal de Saúde.

Após um pedido do vereador Juninho Virgílio para a votação do projeto em regime de urgência, o presidente Marquinho Bacellar rejeitou o pedido alegando que o projeto da Saúde teria cerca de 100 páginas e chegou ao legislativo às 16h40.

A Fundação é responsável pela administração dos hospitais de emergência e postos de urgência, e não pode utilizar os recursos financeiros, ficando impedida de efetuar pagamentos a fornecedores, podendo levar ao desabastecimento de insumos e medicamentos até que o projeto seja votado pelo legislativo.

O líder do governo, Álvaro Oliveira, pediu ao presidente para reavaliar o pedido de Juninho e falou que a “Saúde corre risco de sofrer um colapso”, mas não foi atendido.

O vereador Abdu Neme, que integra a bancada que deu a vitória a Marquinho, citou o vereador Edson Batista, lembrando que ambos foram secretários de saúde e que o caso merecia bom senso, na tentativa de reverter a decisão do presidente.

“Nós estamos começando um novo tempo. Eu entendo a posição do presidente, mas a gente pede bom senso. Vou fazer um pedido de todos os colegas que a gente reveja esta questão do projeto da Saúde. Pedindo que releve, mostrando o amadurecimento do nosso parlamento”, disse Abdu, que não teve o seu pedido acatado por Marquinho.