Propinolândia da Alerj: Rede social torna-se grande aliada de investigações policiais
As investigações que apuram um escandaloso esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Estado, o que já levou vários deputados à cadeia, também se estende a supostos funcionários fantasmas, como revelou o jornal O Dia (aqui).
Os funcionários fantasmas são aqueles que são nomeados em cargos de confiança, mas não produzem nenhum trabalho. Salvo em períodos eleitorais, como já investiga o MPF.
Uma das grandes aliadas e talvez onde se produz o maior número de provas desse crime são as redes sociais. É que nelas os “fantasmas” costumam ostentar o dinheiro desviado do bolso do contribuinte em viagens ao exterior, carros importados, academias e em outras diversas atividades que o cidadão não pode ter no horário que deveriam estar trabalhando.
Além da ostentação, os fantasmas produziram muitas provas contra si mesmos e seus patrões durante o período eleitoral fazendo campanha enquanto deveriam estar fazendo jus ao salário que recebem.
A suposta organização criminosa não atua somente na Alerj. O MPF também investiga os supostos fantasmas do governo estadual.
O cidadão tem o direito de não produzir prova contra si mesmo, mas quem recebe dinheiro fácil não aguenta e acaba publicizando a ostentação.