Alerj decide esta semana se terá que divulgar lista de assessores, em meio a investigações sobre 'rachadinhas' - Tribuna NF

Alerj decide esta semana se terá que divulgar lista de assessores, em meio a investigações sobre ‘rachadinhas’

Em meio a investigações sobre “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a Casa decide esta semana se será obrigada a divulgar a relação de funcionários contratados por cada um dos deputados.

A “rachadinha” é a prática em que o assessor devolve o salário (e até auxílios, como o educação) ao chefe. Atualmente, a Alerj divulga o nome dos assessores — mas sem dizer para quais deputados trabalham.

A proposta é uma emenda a um projeto que será votado nesta quinta-feira (9). O projeto original, de Eliomar Coelho (PSOL), fala apenas em divulgar as faltas semanais dos parlamentares. A emenda é de Alexandre Freitas (Novo).

O ex-deputado Marco Figueiredo (Pros) foi denunciado por chefiar um esquema de “rachadinha” em seu gabinete. Ele nega e diz que vai provar sua inocência (veja o vídeo abaixo).

No caso dele, vários funcionários eram fantasmas. Alguns deles sequer sabiam que tinham sido lotados ficticiamente no gabinete. Para isso, a documentação deles foi falsificada.

Segundo o Ministério Público, 25 gabinetes da Alerj estão sendo investigados pela prática da “rachadinha”. A Casa tem 70 parlamentares — ou seja, o número de investigados é equivalente a 35% dos deputados.

Flávio Bolsonaro e Queiroz

No ano passado, foi identificada a movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, assessor de Flávio Bolsonaro (PSL). Flávio era deputado estadual até 2018, quando foi eleito senador.

Ele é suspeito de se beneficiar com a prática da “rachadinha” por meio de Queiroz. A investigação contra ele, no entanto, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o MP, havia uma organização criminosa no gabinete do então deputado que desviava recursos públicos. Queiroz seria o responsável por recolher o dinheiro e repassar a Flávio.

Na época, o MP disse que o grupo tinha “clara divisão de tarefas”. Os núcleos seriam divididos em três:

  • nomeação de funcionários para praticar “rachadinha”
  • recolhimento de recursos públicos desviados
  • assessores que concordam com a prática repassam os valores

Fonte: G1

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