Vasco segura o Ceará e consegue a permanência na Série A - Tribuna NF

Vasco segura o Ceará e consegue a permanência na Série A

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Ceará – A imensa torcida do Vasco está bem feliz. O alívio de ver o time se livrar do quarto rebaixamento em dez anos não tem o peso da conquista de um título, mas preserva a tradição de um dos maiores clubes do país e a paixão de quem carrega a cruz de malta no peito. A confirmação da permanência na elite do Campeonato Brasileiro só veio na última rodada, na base da garra e da superação de um time limitado tecnicamente, mas que soube conter o ímpeto do Ceará e segurar um suado 0 a 0, ontem, no Castelão. A sonhada vitória fora do Rio de Janeiro na competição não aconteceu, mas fica para a Série A de 2019. A frustração, na verdade, foi do Ceará, que deixou escapar a vaga na Copa Sul-Americana.

Mesmo com Willian Maranhão improvisado na lateral esquerda, no lugar de Henrique, lesionado, o Vasco, defensivamente, foi valente em Fortaleza. Diante de um Ceará livre do risco de rebaixamento e motivado na busca por uma vaga na competição continental, o time de Alberto Valentim suportou a pressão do adversário e de um Castelão lotado. Bem postado na defesa, pouco foi ameaçado pelo ataque dos donos da casa no primeiro tempo.

Mas tamanha doação à marcação, teve um alto preço para os cruzmaltinos: um ataque inofensivo. Apagados e bem marcados, Kelvin e Caio Monterio, que substituiu o suspenso Yago Pikachu, pouco pegaram na bola, o que aniquilou as chances de gol do Vasco, já que Maxi López, isolado, só foi notado em campo quando se atrapalhou após receber um passe e dominar a bola com o joelho quando entraria na área frente a frente ao goleiro Éverson.

O meio de campo também deu sua parcela de contribuição para a total falta de

criatividade ofensiva do Vasco. Raul, que ganhou a vaga de Desábato, só foi notado quando recebeu um cartão amarelo por falta em Juninho. Andrey e Thiago Galhardo, mais técnicos, até tentaram criar algo, mas também tiveram dificuldades para furar o bloqueio defensivo do Ceará, que, nervoso, não conseguiu tirar vantagem de seu domínio territorial em um primeiro tempo no qual a transpiração falou mais alto que a inspiração e o 0 a 0 no placar fez jus ao duelo na capital cearense.

O intervalo, porém, fez bem ao Vasco. No segundo tempo, o time acordou e voltou a campo mais ofensivo. O que não significa dizer que a fome de gols do Ceará tenha diminuído. Fato é que as duas equipes passaram, enfim, a praticar a essência do futebol: a busca pela vitória. O jogo ficou mais movimentado e a criação de jogadas ofensivas, frequentes. Aos 24 minutos, o Vasco, enfim, criou uma chance para marcar, mas Marrony, que entrara na vaga do apagado Caio Monteiro, chutou a bola em cima do goleiro Éverton, após passe de Andrey.

Apesar de desperdiçar a chance de gol mais clara do jogo, o Vasco não se abalou. Manteve o posicionamento um pouco mais adiantado e passou a ter mais posse de bola, valorizando o tempo e encurralando o Ceará em seu campo defensivo. Mesmo assim, os donos da casa, empurrados pela torcida, conseguiram se aventurar com perigo na frente. Juninho, aos 34 minutos, obrigou Fernando Miguel a difícil defesa, em chute de fora da área. Aos 35, Luiz Otávio cabeceou rente ao travessão, após cobrança de escanteio.

Refeito dos susto, o Vasco tratou de tentar conter o avanço adversário. Sem saber que, em Recife, o Sport fazia 1 a 0 no Santos, o que deu ares de dramaticidade à partida no Castelão. Afinal, se o Vasco levasse um gol e fosse derrotado, seria rebaixado para a Segundona. Mesmo assim, os comandados de Alberto Valentim tiveram nervos de aço para garantir o empate diante de um Ceará que lutou até o fim pela vaga na Copa Sul-Americana. Em vão. A festa foi da imensa torcida bem feliz do Vasco.

Alerj

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