Secretaria de Saúde de Campos confirma uma morte por leptospirose
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), orienta a população quanto aos riscos de contaminação pela bactéria leptospira, presente na urina de ratos e causadora da leptospirose. Apesar do alerta, o subsecretário, Rodrigo Carneiro, afirma que não há motivo para pânico, mas é preciso atenção, pois o quanto antes a doença for diagnosticada, maiores são as chances de êxito no tratamento.
“Aqueles que se expõem, seja por causa do trabalho ou por condições ambientais de onde moram, devem redobrar a atenção para casos em que apareça com febres, dores musculares, dor nas articulações, mal estar e que não melhorem, mesmo com uso de analgésico e antitérmico nos primeiros dias de sintomas. Essas pessoas devem procurar o auxílio médico imediatamente”, recomenda o infectologista.
Dos dois casos de leptospirose confirmados no município este ano, um evoluiu para óbito. Já ao longo do ano passado foram cinco casos confirmados, sendo um óbito. De acordo com Rodrigo Carneiro, o óbito deste ano teve a confirmação laboratorial nesta segunda-feira (13). O caminhoneiro de 58 anos deu entrada no Hospital São José (HSJ), no último dia 8, onde foi prontamente atendido e colhido material para análise no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEBN/RJ), cujo resultado foi positivo para a leptospirose. “Devido à gravidade, o paciente foi transferido para a o Hospital Beneficência Portuguesa, onde chegou a ser submetido a hemodiálise, mas o quadro clínico se agravou e evoluiu para óbito”, explicou o infectologista.
Para o especialista é importante que a população fique em alerta, principalmente aquelas pessoas que tenham alguma função profissional de risco, como trabalhadores braçais e que atuem diretamente em locais onde possam ter contato com urina de rato, seja através de água contaminada, galpões, movimento de cargas, entre outras situações. “Essas pessoas devem redobrar os cuidados e usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para que possam se proteger desse contato com a bactéria que está presente na urina dos roedores”, orientou o infectologista.
Carneiro pontua, ainda, que populações ribeirinhas, moradores de locais que não possuem saneamento básico, pessoas que são expostas a água de chuva e trabalhadores de transporte de cargas se enquadram como risco epidemiológico para leptospirose. “Existe tratamento com antibióticos, mas para isso a pessoa deve procurar o médico que vai diagnosticar e fazer o tratamento. Por isso é importante buscar auxílio hospitalar logo após surgirem os sintomas que são muito parecidos com os de outras arboviroses, como dengue por exemplo”, pontou.
Secom*