Saúde: Infectologista garante que bivalente é segura e não causa sintomas graves
“Tomei as quatro doses da vacina contra a Covid-19 e agora a bivalente. Por ser hipertensa e cardíaca, meu médico me disse para não deixar de tomar essa dose extra. É melhor tomar agora, do que sofrer as consequências mais tarde”. A afirmação é da pensionista Anita do Rosário da Silva, 72 anos, que esteve na Secretaria Municipal de Saúde para receber a dose de reforço.
Anita contou que não teve reação com as doses anteriores e nem receio de tomar a bivalente. “Se tem vacina para prevenir essa doença, por que não tomar? Em nenhum momento tive medo”, indagou. Diferente da pensionista, alguns idosos estão resistentes em tomar o imunizante por medo de reações adversas, segundo o superintendente da Rede Campos de Saúde Pública, infectologista Charbell Kury.
O médico garante que a bivalente é extremamente segura e não causa sintomas graves, sejam cardíacos ou neurológicos. “O benefício da vacina é melhor do que o risco de não tomar”, disse.
Embora a dose de reforço com a bivalente esteja disponível nos postos do município desde o dia 24 de fevereiro, a procura pelo imunizante continua baixa, assim como pela 1ª, 2ª e 3ª dose da vacina infantil destinada às crianças com idade entre 6 meses e 11 anos. Entre os dias 24 de fevereiro e 10 de março, o município aplicou 5.891 doses de bivalente. Já entre as crianças, desde a liberação da vacina em janeiro de 2022, 37.066 tomaram a 1ª dose; 22.457 a 2ª dose e 1.057 a 3ª.
Desde segunda-feira (13), a bivalente estará disponível para os idosos acima de 60 anos e pessoas imunocomprometidas maiores de 12 anos, imunizados há mais de 4 meses. Quem já recebeu as duas doses da vacina básica contra a Covid-19, ofertada pelo SUS desde 2021, está apto para tomar a vacina. Aqueles que só tomaram uma dose até agora terão que tomar a segunda dose da primeira versão da vacina para estar apto a tomar a bivalente.
Charbell Kury explicou que o imunizante contém a cepa das vacinas anteriores contra a Covid-19 e a cepa da Ômicron, essa última responsável pelo aumento no número de casos em 2022.
“É contraproducente disseminar informações falsas sobre a vacina nas redes sociais ou mesmo no WhatsApp, levando às pessoas a não tomarem o imunizante. Isso é perigoso, porque se a pessoa for portadora de alguma doença de base, ela pode se infectar e eventualmente morrer”, disse o médico, ressaltando que os efeitos adversos podem ocorrer devido à ativação do sistema imunológico pelo fato de a pessoa ter tomado vacinas semelhantes em sequência. “Caso ocorram, são sintomas leves que melhoram de forma espontânea”.
Secom*
