29/10/2025
Política

Rosa Weber analisará recurso sobre arquivamento de inquéritos baseados na delação de Cabral

cabral

Os inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) com base na delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso desde 2016, devem passar por uma nova análise na Corte. A vice-presidente do STF, ministra Rosa Weber, vai analisar um pedido de esclarecimentos da defesa de Cabral.

O pedido é relacionado à decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou o arquivamento de todos esses inquéritos no STF logo antes de deixar a presidência do tribunal, na última semana. Ao todo, o STF chegou a abrir 12 investigações ligadas à colaboração de Cabral.

Toffoli contrariou decisão do ministro Edson Fachin, que havia homologado a delação assinada por Cabral com a Polícia Federal – e, com isso, autorizado a abertura dos inquéritos.

Três dos 12 inquéritos tinham sido arquivados em julho. Essas investigações envolviam, por exemplo, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que teriam sido citados pelo ex-governador nos depoimentos.

Pedido da PGR
Ao encerrar os procedimentos, Toffoli atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que não viu elementos para justificar a continuidade das apurações.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recorreu contra a decisão de Fachin que validou a delação. O ministro, no entanto, manteve as investigações e enviou para que Toffoli redistribuísse os casos para novos relatores.

O então presidente do STF pediu manifestação da PGR e acatou a sugestão de arquivamento feita por Aras.

A determinação de Toffoli não atinge inquéritos que envolvem fatos conexos à delação, e que continuam com o ministro Edson Fachin.

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