Recuperado da Covid-19, Wladimir Garotinho inicia debate sobre o pós-pandemia
O deputado federal Wladimir Garotinho anunciou neste sábado (04) em sua redes sociais que está curado da Covid-19. “Estou CURADO da COVID 19. Novos exames mostram que VENCI esse vírus maldito. DEUS É FIEL! Obrigado a todos que torceram pela minha recuperação”, anunciou Wladimir.
Wladimir também publicou hoje um artigo no site Agenda do Poder iniciando um debate sobre o pós-pandemia.
*Planejamento para o pós-pandemia
Por Wladimir Garotinho*
Com as perspectivas de vacinas apenas para dezembro e janeiro pode parecer que vamos falar de algo distante, mas entender, planejar e executar ações agora são a chave para sair com menos sequelas da pandemia do Covid-19, pois sem sequelas não sairemos de forma alguma, então precisamos mitiga-las para que o povo sofra pelo menor tempo possível.
Vou me ater a falar de ações em âmbito nacional, pois serão as medidas adotadas pelo Congresso e União que servirão para estados e municípios atacarem seus problemas no pós-pandemia.
Precisamos urgente debater e aprovar no segundo semestre as reformas administrativa e tributária. A primeira, precisa ser mais profunda do que já vinha se desenhando, ou praticamente todos os entes federativos não fecharão suas contas, devido ao tamanho da máquina pública. Já a segunda, a tributária, precisa ser progressiva, tirando impostos indiretos sobre o consumo, que ataca a classe média, e elevar as alíquotas para grandes fortunas e dividendos empresariais. Sim, alguém tem que pagar a conta e tem que ser no topo da pirâmide. Feitas essas duas reformas o Brasil precisa decidir sobre o que realmente quer propor sobre o pacto federativo, não dá mais para ir recursos ficarem concentrados na União e os serviços com os municípios sem o recurso necessário para fazer funcionar de maneira adequada. O que fazer? Sugiro que a União reassuma os serviços essenciais e de grande relevância, como saúde e educação. Faça um plano nacional e execute através do seu grande orçamento que é repassado a pinga gotas, através de emendas sempre insuficientes aos municípios brasileiros. Ou, então, faça valer de uma vez o discurso de campanha do presidente Jair Bolsonaro “Mais Brasil e menos Brasília” e faça o dinheiro ser descentralizado de uma vez para chegar na ponta onde o serviço é executado, onde de fato as pessoas vivem, as cidades. O risco disso, é o presidente descentralizar e transformar em uma guerra política e ideológica, acusando prefeitos e governadores de mau uso de recursos públicos. Seria uma briga sem vencedores e que atrapalharia ainda mais o Brasil.
A União vai precisar, por um bom tempo, abolir o discurso de equilíbrio fiscal e ser o estado brasileiro o grande propulsor da retomada da economia, fazendo investimentos nos agentes multiplicadores, tais como, obras de infraestrutura, programas de transferência de renda, programas de incentivo ao agro negócio e etc, gerando os empregos necessários e também gerando para si receitas oriundas da circulação de recursos do próprio governo e da iniciativa privada.
Procuro ser bastante realista e não faz parte do meu perfil vender ilusões ou criar cenários para agradar quem quer que seja, o que vejo a frente, infelizmente, é uma recessão profunda que só pode ser superada com unidade entre os diferentes. Se os políticos insistirem na velha tática do “nós contra eles”, temo que o “eles” continue sendo milhões de brasileiros.