Quadrilha de matadores do jogo do bicho é alvo de operação da polícia; 12 PMs são alvos de busca
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) cumpriu nesta quinta-feira (8) 1 mandado de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão contra criminosos envolvidos em diversos assassinatos na capital fluminense ligados ao jogo do bicho. Entre os alvos estão 12 policiais militares.
Até as 8h30, 2 PMs e um militar da Marinha haviam sido presos em flagrante.
Segundo a polícia, entre as execuções do grupo está a do empresário Antônio Gaspazianni Chaves, dono do Bar Parada Obrigatória, em Vila Isabel, na Zona Norte, em junho, e a do advogado Rodrigo Marinho Crespo, assassinato a tiros a luz do dia nas proximidades da OAB-Rio, no Centro do Rio.
O alvo desta quinta é Ryan Patrick Barboza de Oliveira, de 23 anos. O homem foi preso na Baixada Fluminense.
De acordo com as investigações, ele foi o responsável por monitorar, repassar informações sobre a rotina de Antônio Gaspazianni e dar o sinal para que os assassinos executassem o empresário.
Segundo a polícia, Gaspazianni foi morto porque desviou dinheiro das máquinas caça-níqueis que possuía em seus bares.
O Bar Parada Obrigatória já foi palco de uma disputa entre 2 bicheiros no Rio: Adilson Oliveira Coutinho, o Adilsinho, e Bernardo Bello.
Por sua vez, as investigações apontam que a morte do advogado Rodrigo Crespo, em fevereiro deste ano, foi motivada por razão torpe, “demonstrando força e poder, uma vez que a atuação profissional da vítima, como advogado, estava incomodando interesses ilícitos de uma organização criminosa ativa, envolvida, entre outras atividades, na exploração de jogos de apostas online”.
Durante a operação desta quinta, os agentes também cumprem mandados de busca e apreensão, expedido pela 1ª Vara Criminal da Capital, contra policiais militares que estão envolvidos na morte do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, e de seu segurança, Alexsandro José da Silva, em novembro de 2022.
Segundo a polícia, os alvos dos mandados são integrantes de uma organização criminosa que comercializa cigarros e jogos de azar.
Alvo da Operação Fim da Linha monitorado para ser morto
Durante as investigações da Polícia Civil, os agentes descobriram que, em 2023, o bando monitorou um homem para que, ao que tudo indica, ser morto na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
A polícia descobriu que o homem foi um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada pela Polícia Federal, em 2022, contra a “máfia do jogo do bicho”. Não se sabe o motivo do grupo ter desistido de mata-lo.
Segundo as investigações, Cezar Daniel Mondego de Souza, o policial militar Leandro Machado da Silva e Ryan Patrick foram os responsáveis por levantarem informações para que o homem fosse assassinado.
Cezar Daniel e Leandro Machado estão presos pelo envolvimento na morte do advogado Rodrigo Crespo.
Fonte: G1