Paes deve assumir coordenação da campanha de Lula no Rio
O prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD), que já apoiou Lula no primeiro turno, deve liderar a campanha do candidato petista no estado. A discussão ocorreu durante uma reunião realizada nesta segunda-feira, à portas fechadas, do conselho político da candidatura do presidenciável.
A ideia é agregar outros nomes do cenário fluminense, como o ex-prefeito Cesar Maia e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do PSDB. Terceiro lugar na eleição ao Palácio Guanabara, o pedetista Rodrigo Neves também deve compor o grupo, junto com o presidente do partido, Carlos Lupi.
Terceiro maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro foi mais votado no Rio, com 51,09% dos votos, contra 40,68% de Lula. Ainda no primeiro turno, o PT deu importância estratégia ao Rio na reta final da campanha. O ex-presidente chegou a fazer uma agenda na Portela organizada por Eduardo Paes.
A agenda de Lula no Rio vem sendo organizada por lideranças do PT fluminense como o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), André Ceciliano e o presidente regional do partido, João Maurício de Freitas.
Ceciliano e o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, vinham defendendo desde o início da campanha um protagonismo maior de Eduardo Paes nas agendas, como forma de ampliar o palanque do petista para o centro.
A derrota do candidato de Lula ao governo do Rio, Marcelo Freixo (PSB) — que é rival político de Paes — afastou os entraves gerados pela disputa local para a formação uma frente mais ampla de apoio ao presidenciável petista.
Alckmin: centro-direita decide eleição
Candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin afirmou que o segundo turno da disputa será decidido pelo centro e pelo centro-direita. A avaliação ocorreu também durante a reunião. De acordo com relatos de presentes, por causa disso, o ex-tucano acha que será necessário buscar o apoio de partidos desse campo, como sua antiga legenda.
O candidato a vice ainda se dispôs a procurar os prefeitos do interior de São Paulo para criar uma sólida aliança no estado em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou à frente no primeiro turno.
O Globo*