Oito são presos e mais de 100 pássaros silvestres apreendidos durante Operação 'Angry Bird' em MG e RJ - Tribuna NF

Oito são presos e mais de 100 pássaros silvestres apreendidos durante Operação ‘Angry Bird’ em MG e RJ

Publicidade Dengue Prefeitura de Campos

Oito pessoas foram presas e mais de 100 pássaros silvestres apreendidos durante a Operação “Angry Bird” realizada nesta sexta-feira (20) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e outros órgãos de segurança na Zona da Mata mineira e no estado do Rio de Janeiro. O objetivo da ação foi combater o tráfico interestadual de animais silvestres e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram expedidos pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Barbacena, no Campo das Vertentes, 13 mandados de prisão e busca e apreensão em Juiz de Fora, Lima Duarte, Bias Fortes e Duque de Caxias (RJ). Deste total, 8 foram cumpridos.

Segundo o promotor de Meio Ambiente, Alex Fernandes, os envolvidos formaram uma organização criminosa destinada exclusivamente ao tráfico de animais silvestres, sendo a única fonte de renda deles.

“Os pássaros eram caçados em Juiz de Fora, Ibitipoca, Lima Duarte, Bias Fortes”, informou.

Além do tráfico e lavagem de dinheiro, os investigados também são acusados de maus-tratos de animais e comércio irregular de arma de fogo.

Investigações

As investigações duraram 1 ano e comprovaram que os animais são capturados por caçadores profissionais em diversos municípios da Zona da Mata e no Campo das Vertentes. Posteriormente, eles são vendidos por outros criminosos em Duque de Caxias, Petrópolis e São Gonçalo em feiras livres.

Conforme apurado, a prática criminosa gera grande lucro para os traficantes iniciais e secundários, que escondem os recursos por meio da aquisição de veículos e imóveis.

Além disso, ficou comprovado que a organização criminosa também participa do comércio de armas de fogo. Ainda de acordo com o MPMG, o grupo já atuava há 10 anos na prática dos crimes.

“A gente já tinha percepção de intenso tráfico de animais silvestres na região Zona da Mata, só que a gente pegava os casos aleatoriamente, que geralmente eram resolvidos no juizado especial, com penas baixas, como transações e acordos. Nesse caso a gente teve a oportunidade de demonstrar o elo entre essas 13 pessoas que formaram uma organização criminosa”, complementou Alex Fernandes.

Operação

A operação desta sexta-feira contou com a participação de promotores de Justiça e agentes do Gaeco, policiais do Batalhão de Polícia Militar de Meio Ambiente, do Comando de Operações Especiais da PRF de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, do Grupo de Patrulhamento Tático das Delegacias PRF de Juiz de Fora e de Petrópolis, do Grupo de Fiscalização de Transporte da Delegacia PRF de Juiz de Fora, policiais civis e penais de Minas, além de dois veterinários do MPMG e um do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Estadual de Florestas.

G1*

Alerj

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *