MPRJ não relaciona Witzel em lista de investigados por contratos suspeitos na Saúde do RJ
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) não encontrou indícios de que o governador Wilson Witzel (PSC) tenha tido envolvimento em irregularidades na compra de testes rápidos pela Secretaria de Estado de Saúde. A aquisição dos exames era uma medida considerada essencial para combater a pandemia de Covid-19.
Na ação civil pública que trata de suposta por improbidade administrativa na compra dos testes, o governador não aparece na relação de investigados do MP. O órgão acrescentou que não encontrou, até o momento, nada que indique envolvimento do chefe do Executivo nas ilegalidades.
“Não sobrevindo indícios, até o momento, de envolvimento do atual governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, nas contratações objeto desta ação, a despeito das notícias veiculadas recentemente na mídia”, afirmou o MP na ação.
A informação, que consta na ação civil pública, foi antecipada pela colunista Berenice Seara, do Jornal Extra, nesta terça-feira (4).
Além de irregularidades na compra dos testes, o MP também investiga ilegalidades nas contratações emergenciais de respiradores, medicamentos e equipamentos de proteção individual realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
Os citados no inquérito civil que trata da compra dos testes são:
- Gabriell Neves, ex-subsecretário;
- Gustavo Borges, ex-superintendente de Logística;
- Derlan Dias Maia, ex-integrante do setor de compras;
- as empresas Total Med; Medlevensohn; Fast Rio; e Health Supplies.
- O Estado do Rio de Janeiro é citado apenas para tentar anular as compras.
Governador comenta
Em perfil numa rede social, Witzel fez comentários sobre o trecho em que o MP afirma não ter indícios de envolvimento dele em irregularidades na compra de testes rápidos.
“O resultado do inquérito do MP-RJ só reforça o que sempre afirmei: jamais compactuei com qualquer tipo de irregularidade. Reitero que determinei aos órgãos de controle do Estado o máximo empenho na apuração de todas as denúncias”, afirmou o governador.
Bloqueio de bens
No último dia 27, a Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de R$ 2,6 milhões em bens do ex-secretário Edmar Santos, do ex-subsecretário Gabriell Neves, dos funcionários Derlan Maia e Gustavo Silva e da empresa Total Med.
Eles são investigados por irregularidades em compras emergenciais – sem licitação – de 820 mil testes rápidos para detectar Covid-19. O total gasto para adquirir os testes foi de R$ 129,6 milhões.
