MPRJ apreende armas e munição em operação contra rede de bingos de Rogério Andrade
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou nesta sexta-feira (4) a terceira fase da Operação Calígula, contra a rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogério Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais. A ação desta sexta foi batizada de Ludópata.
Um homem foi preso em flagrante por posse de arma de uso restrito dentro de um galpão em Bangu.
Ângelo Antônio de Souza tem anotações criminais por contravenção penal. Apesar de ter autorização do Exército para ter algumas armas, ele foi preso porque alguns acessórios e uma arma não estavam registrados.
O galpão, que era usado pela organização criminosa do contraventor para guardar as máquinas de caça-níqueis e outros equipamentos, foi fechado.
Além disso, foram apreendidos: 2 máquinas caça-níqueis, 5 celulares, 1 notebook, 9 armas de diversos calibres, munição de calibres distintos, canhotos de jogos, móveis, além de quase R$ 29 mil em espécie.
Agentes do MPRJ saíram para cumprir 15 mandados de busca e apreensão na Zona Oeste do Rio.
Os promotores afirmam que Rogério Andrade e Ronnie Lessa abriram bingos clandestinos em diferentes estados e tinham a cobertura de policiais civis e militares.
Na primeira fase da Operação Calígula, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, denunciou 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pelo menos dois bingos foram estourados pela força-tarefa.
Dois delegados foram presos, entre eles, Adriana Belém. Na casa dela foram encontrados quase R$ 2 milhões em espécie.
Na segunda fase da ação, cinco pessoas foram presas e outras sete levadas para delegacia para prestar esclarecimentos.