MPF e CNJ pedem ao TRF-2 que apure participação de Bretas em eventos no Rio com Bolsonaro e Crivella - Tribuna NF

MPF e CNJ pedem ao TRF-2 que apure participação de Bretas em eventos no Rio com Bolsonaro e Crivella

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro pediu que a Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) avalie se é possível tomar “providências disciplinares” contra o juiz federal Marcelo Bretas, responsável por processos da Lava Jato no estado.

No sábado (15), Bretas, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, participou da inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói e de evento religioso na Praia de Botafogo. O prefeito Marcelo Crivella também estava nas solenidades.

O pedido da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) foi protocolado nesta terça-feira (18) na corregedoria do TRF-2. O tribunal é responsável por processos disciplinares em relação a magistrados federais nos estados do Rio e do Espírito Santo.

É o terceiro pedido de apuração contra Bretas em dois dias. Também nesta terça, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o TRF-2 apure se o magistrado violou dever funcional.

Na segunda-feira (17), a PRE já havia solicitado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que investigasse a participação no magistrado em solenidades no Rio.

De acordo com avaliação da PRE, a participação de Bretas nos eventos pode “fazer transparecer, erroneamente, que estaria representando todo o Poder Judiciário fluminense”.

O documento é assinado pela procuradora regional eleitoral Silvana Batini e pela procuradora regional eleitoral substituta Neide Cardoso de Oliveira.

No ofício enviado ao desembargador corregedor do TRF-2, a PRE também encaminhou o pedido feito ao MPRJ para apurar eventual irregularidade eleitoral.

“No ofício ressaltamos o fato de que, embora de caráter religioso, o evento trouxe potencial impacto sobre as eleições que se aproximam, haja vista, dentre outros fatores, a presença de autoridades do mundo político, especialmente do presidente da República”, afirmaram as procuradoras.

G1*

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